22 pessoas e 4 empresas viram rés por tragédia em Mariana

22 pessoas e 4 empresas viram rés por tragédia em Mariana

Justiça de Minas Gerais aceitou denúncia contra os envolvidos no rompimento de barragem

Vista de área atingida pela enxurrada de lama após rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), na manhã desta sexta-feira (6). O acidente aconteceu nesta quinta-feira (5) e inundou várias casas. Cerca de 2 mil pessoas foram atingidas diretamente pela tragédia e precisarão deixar suas casas (Felipe Dana/AP)
Vista de área atingida pela enxurrada de lama após rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), na manhã desta sexta-feira (6). O acidente aconteceu nesta quinta-feira (5) e inundou várias casas. Cerca de 2 mil pessoas foram atingidas diretamente pela tragédia e precisarão deixar suas casas (Felipe Dana/AP)

Por Rafaela Lara
VEJA.com

A Justiça Federal de Ponta Nova, em Minas Gerais, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra as empresas Vale, Samarco, BHP Billiton e VogBR, além de 22 pessoas envolvidas no rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana (MG), em 5 de novembro do ano passado.

A tragédia sem precedentes no Brasil destruiu o distrito de Bento Rodrigues, matou dezenove pessoas e provocou danos ao meio ambiente ainda incalculáveis.

Das pessoas físicas denunciadas, apenas o engenheiro da VogBR Samuel Paes Loures não foi acusado de homicídio com dolo eventual – quando se assume risco de matar. Ele vai responder, juntamente com a empresa VogBR, pelo crime de apresentação de laudo ambiental falso. Os demais envolvidos vão responder ainda por crimes de inundação, desabamento, lesão corporal e crimes ambientais, além de homicídio. A Samarco, a Vale e a BHP Billiton são acusadas de nove crimes ambientais. Os réus terão trinta dias para apresentarem a defesa

O juiz Jacques de Queiroz Ferreira ressaltou que os danos ambientais ainda não foram sanados. “leitura da denúncia pode-se extrair que os danos gerados pelo rompimento da Barragem do Fundão, principalmente em relação ao meio ambiente, sequer terminaram de ocorrer.”



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