Joaquim Levy pretende cortar gastos. Ele e Nelson Barbosa já traçam estratégias para os próximos anos
O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pretende cortar gastos e acredita na recuperação da economia a partir de 2015. Os ministros indicados da Fazenda e do Planejamento vão montar as equipes e já estão traçando as estratégias para os próximos anos. Eles disseram que não há um pacote a ser anunciado, nem medidas rápidas. Por enquanto, os atuais ministros Guido Mantega e Miriam Belchior continuam nos cargos. A posse dos novos ministros ainda não foi marcada.
Depois do anúncio oficial, Joaquim Levy, Nelson Barbosa e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, confirmado no cargo, falaram sobre os desafios do próximo mandato.
Levy disse que vai trabalhar com transparência para ganhar a confiança da sociedade. Ele anunciou a meta do superávit primário para os próximos três anos — 1,2% do PIB em 2015 e 2% em 2016 e 2017. O superávit primário é tudo aquilo que o governo deve economizar para pagar os juros da dívida.
“Alcançar essas metas é fundamental para aumento da confiança na economia brasileira e criará a base para retomada do crescimento econômico e a consolidação dos avanços sociais, econômicos e institucionais realizados nos últimos vinte anos”, disse o novo ministro da Fazenda.
Nelson Barbosa, que vai assumir o Ministério do Planejamento, disse que vai trabalhar para o crescimento do país, pelo controle da inflação e pela geração de emprego. Ele também falou sobre a meta do superávit primário e sobre o orçamento para o ano que vem. “Como desafio mais imediato, trabalharei na adequação da proposta orçamentária de 2015 ao novo cenário macroeconômico e ao objetivo de elevação gradual do resultado primário, como já apontado pelo ministro indicado para a Fazenda, Joaquim Levy”.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que é preciso reduzir a inflação. “O Banco Central do Brasil tem trabalhado para manter inflação brasileira sob controle e fazer com que esta retorne a trajetória de convergência para o centro da meta de 4,5% ao ano”.