Assessores próximos garantem que a presidente e o vice fizeram um “acordo de procedimento” com o objetivo de demonstrar harmonia e alinhamento em uma relação já desgastada pela desconfiança, reporta o IG.
Em eventos público, a forma de se cumprimentarem inclui trocarem beijinhos, aperto de mãos e toda encenação da política. Os procedimentos fazem parte do acordo da presidente Dilma Rousseff com seu vice, Michel Temer, com o objetivo de substituir o clima de desconfiança entre a vice e o Planalto e demonstrar harmonia e alinhamento.
O “teatro da política” que os dois combinaram garante, segundo os mais próximos da presidente, que os dois sigam por caminhos diferentes. Dilma luta para manter seu mandato, se reunindo inclusive com críticos ferrenhos de Temer, como o ex-ministro Ciro Gomes, com quem jantou na quinta-feira, no Palácio da Alvorada, informa o IG.
Por sua vez, Temer continua na articulação com o objetivo de ouvir as lideranças do partido e definir um posicionamento que “unifique” o PMDB. A disparidade entre a cena e a vida se tornou evidente durante toda semana. A articulação do Planalto continuou na tarefa de incentivar filiações governistas no PMDB e em outros partidos, apesar das negações públicas da presidente.
Temer, pouco antes da conversa na quarta-feira (9) com Dilma, se reuniu com senadores integrantes da ala rebelde ao Planalto. Após o encontro com Dilma, e depois de enviar uma carta de desabafo, Temer ressaltou que terá com ela uma relação institucional que seja a mais “fértil” possível.
Os senadores saíram do Palácio do Jaburu, residência oficial do Vice, com a convicção de que Temer está preparado para assumir o país. Já Ciro, após sair do Alvorada, chamou o aliado de Temer, Eliseu Padilha, de Eliseu Quadrilha, apelido atribuído ao ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
(com informações de Notícias ao Minuto)