Quem, em Teófilo Otoni, terá, de fato, espaço no Governo Pimentel?

Quem, em Teófilo Otoni, terá, de fato, espaço no Governo Pimentel?

Com a posse do governador Pimentel, todo mundo está ansioso para saber quem, emTeófilo Otoni, terá, de fato, espaço e prestígio político no novo governo
Com a posse do governador Pimentel, todo mundo está ansioso para saber quem, emTeófilo Otoni, terá, de fato, espaço e prestígio político no novo governo

Por David Ribeiro Jr.

Com a posse do novo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), já há um verdadeiro bolsão de apostas para saber quem terá mais e/ou menos espaço no novo governo petista — o primeiro legitimamente petista da história de Minas Gerais. Antes, o partido havia apenas composto com Itamar Franco no 2º turno das eleições de 1998.

Enquanto as bases ficam brigando para saber quem será mais ou menos importante, acaba-se cometendo um erro gravíssimo, que é o de não levar em consideração quem terá, de fato, “alguma” importância no novo governo.

Sempre que um governador toma posse, é natural que haja mudanças. O governador, mesmo quando se trata de alguém eleito com o apoio do grupo do seu antecessor, acaba implantando algumas inovações para que a sua gestão tenha uma marca própria. E se já é assim quando o governador eleito é do mesmo grupo, imagina o que vai acontecer agora com a posse de Fernando Pimentel?!

É claro que a maioria dos cargos comissionados deverá ter novos ocupantes já nos primeiros dias de janeiro. Alguns cargos, em função do alto nível técnico exigido, deverão demorar um pouco mais para receber novos titulares. Mas a troca de nomes é inevitável. Até por força do hábito, o eleito quer privilegiar pessoas do seu partido e do seu grupo.

Acontece que o fato de alguém deter um cargo na estrutura do governo não quer dizer — pelo menos não necessariamente — que tenha alguma importância política na estrutura deste mesmo governo. Muitas vezes trata-se apenas de um pião, alguém que está ali para que outro não esteja.

Assim, o fato de virmos a partir deste mês de janeiro um monte de novos nomes como assessores do governo, ou diretores de órgãos do governo, não fará dessas pessoas “autoridades”, do mesmo modo que os atuais ocupantes desses mesmos cargos, na maioria dos casos apadrinhados políticos, também não são autoridades coisa nenhuma.

Autoridade de verdade é quem tem prestígio. É quem consegue canalizar recursos, programas, projetos, convênios, e, principalmente, quem consegue ter vez e voz na estrutura de governo. A diferença de autoridade e “aspone” é que autoridade é alguém que detém algum prestígio junto ao governo; é alguém que é ouvido pelo mandatário sobre as ações e projetos em prol  da governabilidade no Estado como um todo, ou em uma região específica. E, convenhamos, num estado com 50 mil cargos de confiança, duvido que pelo menos 1% (um por cento) dos indicados tenham, de fato, algum prestígio político. O resto é só o resto. São os apadrinhados. Os aspones. São os indicados dos nomes que relacionamos abaixo como aqueles que terão de fato alguma vez e voz no governo.

Veja, no slideshow abaixo, os nomes que relaciono como de fato importantes neste primeiro momento do Governo Fernando Pimentel em nossa cidade neste primeiro momento:

1. Maria José Haueisen Freire
Apesar da idade avançada — ela completou 84 anos em setembro —, e de não ocupar no momento nenhum cargo importante, a ex-prefeita e ex-deputada estadual Maria José já é a pessoa mais respeitada pelo novo governador no Nordeste Mineiro. Sempre que alguém da região vai até Belo Horizonte discutir as ações de governo com Pimentel, ele logo pergunta: “e Maria José? Você tem visto ela? Tem conversado com ela?... Leve o meu abraço a ela, por favor!” Não precisa falar mais nada, né? Acredite você, ou não, Maria José será uma das mais importantes figuras do governo em nossa cidade e região. Todos se lembram da influência que o falecido Maron Mattar exercia sobre Aécio Neves. Agora é a vez de Maria José.

É claro que nós veremos muitos outros nomes posando de autoridade. E alguns até terão alguma importância administrativa no Estado. Mas apenas isso. Quem terá vez e voz são os relacionados no slideshow acima — pelo menos num primeiro momento. Quanto a depois… bem, aí só o tempo poderá dizer o que ocorrerá.

(Fonte: Jornal O REPÓRTER NOTÍCIAS – Ed. 172 (12 a 18/12/2014)

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