São Paulo – A Aeronáutica divulgou ontem (26/01) informações sobre a investigação do acidente que matou o ex-candidato à presidência da República Eduardo Campos. A aeronave caiu em Santos em agosto de 2014, e matou sete pessoas.
Segundo os dados divulgados pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), foram descartadas as possibilidades de colisão com aves, veículos não tripulados (Vants) ou outros objetos no ar. Também foi descartada a possibilidade de incêndio no avião antes da queda.
De acordo com a apresentação, a aeronave tentou pousar e arremeteu. Porém, depois não há mais contato da aeronave sobre nova tentativa de pouso. Logo depois, ocorreu o acidente. Outra informação é que o trajeto feito pela aeronave é diferente do que estava previsto para pouso no aeroporto de Santos.
Segundo o tenente-coronel Raul de Souza, que coordenou as investigações, os destroços mostram que o trem de pouso estava recolhido, e que o jatinho não caiu de cabeça para baixo, como chegou a ser levantado.
As investigações mostraram ainda que a aeronave estava em alta velocidade no momento do acidente e com grau de inclinação de 38 graus — segundo o tenente-coronel, uma aeronave se aproxima para pouso com uma inclinação de 3 a 4 graus.
Outra informação importante recolhida nas investigações é de que piloto e copiloto não tinham habilitação específica para operar a aeronave que caiu, mas sim de um modelo semelhante anterior.
Os investigadores afirmam que mais importante do que saber se os pilotos tinham habilitação formal é entender se eles tinham condições de operar naquela aeronave. Essas questões ainda serão analisadas.
Os investigadores ressaltam que ainda não foi feita a análise das informações coletadas e que, portanto, ainda não há conclusões sobre o acidente.