
— Por David Ribeiro Jr. —

Na quarta-feira (22/11) o Clube Libanês de Teófilo Otoni promoveu um grande coquetel em sua sede própria para comemorar a independência do Líbano, declarada em 26 de novembro de 1941 e reconhecida em 22 de novembro de 1943.
O Clube foi ampla e ricamente decorado para receber os libaneses e os descendentes de libaneses que vivem na cidade e até em outros municípios da região. Painéis com fotos da comunidade, atuais e históricas, foram espalhados por toda a área social, de modo que todos que chegavam podiam admirar um pouco da história desta colônia que tanto contribuiu para a formação da identidade cultural de Teófilo Otoni e região.
A presidente do Clube Libanês, Munira Molaib, explicou que comemorar a data da independência do Líbano se tornou uma tradição entre a colônia. “A maioria dos membros da colônia libanesa em Teófilo Otoni são nascidos no Brasil”, explicou Munira, que continuou: “todos nós que nascemos aqui amamos esta terra (o Brasil) como nosso lar e nossa pátria. Mas também amamos o Líbano e o reverenciamos, pois é de lá que viemos. É lá que estão as nossas raízes e o princípio da nossa história. É olhando para o Líbano que sabemos, de fato, quem somos e de onde viemos. Desde que assumi a presidência do Clube, ao lado de toda a nossa diretoria, tenho priorizado ano após ano essa comemoração porque entendo que, mais do que nos fazer lembrar do Líbano, esta festa nos conecta ao Líbano”, concluiu Munira.

O diretor-tesoureiro do Clube Libanês, empresário Synval Handeri, também se pronunciou e disse que a colônia libanesa é uma das que mais contribuiu para o progresso desta cidade. “Os libaneses, inclusive o meu pai, o saudoso Rachid Salomão Handeri, deram muitas contribuições para a formação da identidade cultural de Teófilo Otoni. Foram os libaneses que, por exemplo, deram à Teófilo Otoni esta sua vocação para o comércio, que é uma característica marcante dos libaneses e seus descendentes, e que acabou se tornando uma vocação coletiva do povo desta cidade. Também demos outras tantas contribuições na gastronomia, na cultura, nas tradições… enfim, estamos muito contentes por fazermos parte da história desta cidade”, concluiu Synval.
— Programação —

A programação do coquetel explorou bastante o aspecto das tradições culturais do Líbano. Antes das atrações artístico-culturais a presidente Munira Molaib apresentou uma série de curiosidades sobre o Líbano, que arrancou aplausos entre os presentes.
Em seguida foi apresentado o Hino Nacional Brasileiro, na tela, e o Hino oficial do Líbano, que foi interpretado ao piano pela musicista Lavínia Moraes. Depois houveram muitas apresentações de dança do ventre, por intérpretes de todas as idades; apresentação de música típica do Líbano, e até um cover de Michael Jackson.
Cinara Pacheco Gerdi, que dois dias antes foi eleita pelo Conselho Deliberativo como vice-presidente do Clube Libanês, também parabenizou a realização do evento. “Eu me lembro de que, quando criança, apresentava a dança do ventre em festividades da minha família e da colônia. Hoje vejo sobrinhas que eu ensinei a dançar se apresentando aqui. Isso é muito gratificante porque demonstra como, apesar do tempo, os laços e a cultura libanesa continuam fortes e misturando-se com a cultura geral da comunidade teófilo-otonense e regional, mas sem nunca perder a sua essência”, pontuou Cinara.

Na sexta-feira (24/11) também foi realizado um baile para toda a colônia no auditório do Clube Libanês.
Acompanhe, na sequência de fotos abaixo, alguns dos momentos mais marcantes da noite do coquetel: