Por David Ribeiro Jr.

Como previsto, a nomeação do consultor político Jorge Arcanjo como assessor especial do governador Fernando Pimentel no Vale do Mucuri foi a primeira de muitas outras nomeações que devem agitar o cenário político nos próximos dias na cidade e região. Na semana passada, mais especificamente no dia 05, quinta-feira, foi a vez da educadora Maria Helena Costa Salim ver o seu nome publicado no Minas Gerais, o Diário Oficial do Estado, indicado para assumir a Diretoria Educacional da 37ª Superintendência Regional de Ensino (SRE).

De acordo com o jornalista William Horta, proprietário e editor-chefe do Jornal Carta, em informação publicada em seu perfil no facebook, a nomeação de Maria Helena se deu em consequência de uma conversa entre a ex-prefeita e ex-deputada estadual Maria José Haueisen Freire, madrinha política de Maria Helena, e o deputado federal Odair Cunha, atualmente Secretário de Estado de Governo, na quinta-feira, 26 de fevereiro, quando Cunha e outros figurões do PT estiveram em Teófilo Otoni participando de uma reunião promovida pela Copasa no auditório da CDL.

De acordo com as informações de William Horta, que é, sem sombra de dúvidas, um jornalista muito bem informado, encerrada a referida reunião, a ex-prefeita aproximou-se do secretário Odair Cunha, com Maria Helena ao seu lado, e disse-lhe: “Olha, esta aqui é a minha indicada para assumir  o cargo de superintendente de ensino em Teófilo Otoni” e entregou-lhe o curriculum da sua indicada. Ao que, de pronto, Odair Cunha lhe respondeu: “Então está resolvido. Será ela”.

Ponto final ou ponto e vírgula?
Acontece que, ao contrário do que muita gente pensa, a nomeação de Maria Helena Costa Salim ainda não põe fim à toda a controvérsia que vem ocorrendo desde dezembro em relação a este cargo. Apenas a título de lembrança, em dezembro o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), reeleito com a maior votação do Estado, indicou para o cargo de superintendente de Ensino o vereador Thales Contão (PT), protegido de Reginaldo (leia mais aqui). Na época, embora pouco tenha se falado a respeito, houve uma enorme guerra de bastidores com uma corrente do PT, liderada já naquele momento pela ex-prefeita Maria José, defendendo o nome de Maria Helena, que, inclusive, já havia sido secretária municipal da pasta de Educação em seu sua administração municipal, e outra corrente defendendo a legitimidade da indicação de Thalles, ou de alguém apontado(a) por ele.

Conforme recorte do Minas Gerais, que publicamos abaixo deste parágrafo, Maria Helena não foi nomeada superintendente. Algumas pessoas ligadas à área, ouvidas pelo minasreporter.com, disseram que o cargo de Maria Helena — “Diretora Educacional” — é comumente chamado entre os próprios profissionais da área de “Direção Pedagógica”. Como a superintendente anterior já foi exonerada, e não houve publicação oficial indicando um(a) substituto(a), a Diretora Pedagógica — ou Educacional, como é o correto se referir — assume a superintendência enquanto o Governo não se manifesta.

De acordo com fontes ouvidas pelo minasreporter.com a nomeação oficial para o cargo de superintendente só deve sair em outubro de 2015. Até lá Maria Helena vai, sim, responder pela Superintendência, podendo, inclusive, ser nomeada para assumir o cargo — ou não.

Quem viver, verá!