
Mantendo a decisão pessoal de não conceder entrevistas, o escritor Roberto Marcos comemora o sucesso de vendas do seu novo livro: o recém-lançado “O Santo do Rio Sangue”. A repercussão é tanta que o calhamaço de 588 páginas, publicado pela Editora Autografia, surpreende até os entendidos do mercado livreiro.
Posto ao alcance dos leitores há 10 dias, o livro vende como nenhum outro livro na história da região, pulverizando marcas importantes. Mas não pense que esse é um comportamento voluntário dos consumidores de Literatura. Não, não é. Roberto Marcos ocupou-se de algumas tarefas prévias ao lançamento. Além de promover uma poderosa campanha subliminar nas redes sociais seis meses antes de o livro estar pronto para a venda, ele convidou seis especialistas para lerem o livro ainda no prelo. As opiniões emitidas sobre o trabalho serviram como poderosa munição para metralhar espaços importantes nas redes sociais. Isso sem falar no apoio recebido de artistas regionais e especialistas em Literatura que, emprestando o seu prestígio, ajudaram a abrir portas do consumo livreiro que não se abrem facilmente.
ACERTOS e ESCOLHAS
O sucesso de “O Santo do Rio Sangue” é fruto de escolhas felizes e acertos pontuais na determinação da temática (pobreza e religião) e do ambiente (Vale do Jequitinhonha). Fantasia, regionalismos, questões sociais, embates políticos e um forte questionamento da existência de Deus e de seus “possíveis filhos” somaram-se. Tudo isso ancorado por um texto preciso e fluído que costura relatos fantasiosos a eventos absolutamente reais. O resultado do novo livro reafirma o que tem dito o especialista em Letras e mestre em Literatura, Níkolas Neves: “Roberto é um dos cinco maiores escritores do mundo. É uma questão de tempo para tomar essa batuta em suas mãos. Com o novo título, ele deu mais um importante passo para confirmar a sua condição”.
“O Santo do Rio Sangue” é suportado por uma cidade imaginária (embora plenamente possível) às margens do Rio Jequitinhonha, ambiente que fertiliza a imaginação de todo aquele que já ouviu falar das dificuldades e dos encantos que se relacionam naquela que ficou conhecida como a quarta mais miserável região do planeta. Nestes espaços, um segundo filho de Deus, um filho tão especial quanto foi Jesus Cristo, desce à terra com o objetivo de realinhar verdades relativas que seguem resistindo nos registros bíblicos. O autor tem confidenciado a amigos que a tarefa do personagem principal, Eon, (que é o contrário de Noé ou uma recombinação de Néo, o homem do futuro), é rever três pontos: refundar a relação de Deus com as mulheres; repensar a relação dos animais com Deus e explicar “a que se presta a tarefa da dor na vida humana”.
Detalhes editorais
Outro detalhe importante foi o cuidado que a Editora Autografia destinou à produção do livro. Uma capa forte, convidativa e uma editoração moderna (16 x 23cm) ajudarão a definir qual será o futuro do novo livro de Roberto Marcos: “O Santo do Rio Sangue”. O amarelo predominante, cor escolhida para a capa (usada também no miolo de 588 páginas), é uma clara referência ao sol insubmisso do Vale do Jequitinhonha que tem um preponderante papel nos caminhos da história e seus personagens.
Quem já leu, garante: “O Santo do Rio Sangue” é um golpe de mestre e abrirá caminho decisivos para a caminhada do escritor Roberto Marcos.
