Governante se irritou com decisão de Obama de declarar a Venezuela uma ameaça à segurança nacional e disse que EUA não entendem a ‘realidade revolucionária’ do país
O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou Barack Obama de dar um passo “injusto e nefasto” contra a Venezuela e afirmou que vai pedir poderes especiais à Assembleia Nacional do país para enfrentar a “agressão imperialista”. Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos emitiu um decreto declarando a Venezuela uma “ameaça à segurança nacional”, impondo sanções a sete pessoas e expressando preocupação sobre o tratamento do governo venezuelano com opositores.
“Vocês não têm o direito de nos agredir e declarar a Venezuela uma ameaça ao povo dos Estados Unidos. A ameaça ao povo americano são vocês”, disse Maduro. Em um discurso de duas horas transmitido pela televisão na noite desta segunda, Maduro afirmou ainda que a ordem executiva de Obama “é um exagero, uma grosseria que reflete que nos Estados Unidos há muito desespero e impotência porque não podem entender a realidade revolucionária, bolivariana, socialista e chavista” da Venezuela.
O herdeiro de Hugo Chávez informou que seu governo apresentará à Assembleia Nacional um pedido de poderes especiais para governar por decreto em questões de segurança nacional diante da “agressão imperialista” dos EUA. “Vou solicitar uma lei anti-imperialista para enfrentar qualquer cenário e em todos triunfar com a paz.”
No final da mensagem, Maduro surpreendeu nomeando um dos funcionários sancionados por Washington, o general Gustavo González López, atual diretor de Inteligência, para o cargo de ministro do Interior, Justiça e Paz.
(Com agência France-Presse)