Por David Ribeiro Jr.
Quem diria?! O pequenino “Partido Socialismo e Liberdade”, que até outro dia era quase desconhecido em Teófilo Otoni, saltou da condição de patinho feio para, acredite, o maior objeto de desejo de vários nomes da política local.
A que se deve esta súbita mudança? Eis aí uma coisa difícil de dizer. Há várias explicações. Uma pode ser a grande projeção dada ao partido pelo comunicador Roberto Marcos, que no primeiro semestre apareceu em vários programas de rádio e TV, além de matérias em jornais, revistas e na internet, defendendo o partido como objeto de transformação social, inclusive em Teófilo Otoni. Antes de Roberto, o popular Julimar Gari também já apresentava o partido a correligionários e amigos.
Bem… a direção da legenda na cidade acabou ficando mesmo para o presidente da Cooperativa de Trabalho e Desenvolvimento Sustentável dos Vales (COODEVALE), Roni Franco, que também é diretor administrativo do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR) de Teófilo Otoni. Logo depois de ter sido anunciado presidente da legenda, Roni Franco divulgou uma nota para a imprensa, onde pregava a unidade partidária entre todas as forças que disputavam a direção da legenda. Veja parte da fala de Roni Franco, a seguir, em vermelho:
“Eu quero aproveitar este espaço público para convidar todas essas pessoas que pleitearam a direção do partido para unir forças comigo e com o nosso grupo para mostrar a proposta do PSOL para tirar Teófilo Otoni do marasmo político. Eu penso que os que estavam realmente interessados em hastear a bandeira do PSOL se somarão conosco. Aqueles que pretendiam usar o partido apenas como moeda de troca para tentar barganhar espaço político junto aos governos de turno, é claro que não ficarão. É nesta hora que o povo tem a oportunidade de ver quem quer construir uma cidade melhor e quem está apenas olhando para o próprio umbigo”
Bem, parece que a estratégia funcionou. Nesta semana Roni Franco chegou a conceder uma entrevista ao portal voxvales.com, dirigido por Roberto Marcos, apresentando os ideais do partido, que segundo ele, pretende ter candidato próprio à Prefeitura no ano que vem (veja a entrevista aqui).
Mas a movimentação em torno do PSOL não para por aí. À boca miúda já se comenta na cidade que o PSOL é, também, o rumo a ser tomada pela ex-petista Joana Louback e pelo empresário Ricardo da Emex. Isso é mesmo possível? É claro que é. Possível é.
E ainda não terminamos. Informações recentes dão conta de que vários parentes e amigos do ex-prefeito e ex-deputado federal Edson Soares se filiaram ao PSOL nas últimas semanas. O que isso significa? Bem… Pode não significar nada, mas pode, também, significar muita coisa. É público e notório que Edson Soares e Ricardo da Emex têm discutido a possibilidade de união entre eles para as eleições do ano que vem. O PSOL pode, assim, ser o cenário para este casamento. Por outro lado, começou a circular pelos corredores políticos um boato de que há pessoas ligadas à Prefeitura que também estão de olho no PSOL. A ideia seria tomar o partido de Roni Franco, que, recentemente, fez duras críticas ao prefeito Getúlio Neiva na tribuna da Câmara Municipal.
Fato é que o PSOL, um partido tido por muitos como nanico até recentemente, de repente ascendeu à condição de maior objeto de desejo dos políticos locais. E, antes que alguém chame a este texto de especulação, deixo claro que não estou especulando nada. Tudo que foi escrito aqui é baseado em fatos. Só é engraçado ver tantos nomes com perfil de direita em um partido de extrema esquerda. Ou… talvez nem seja assim tão engraçado!
Quem viver, verá!