Delegado alegou falta de espaço na carceragem e pediu a transferência. Investigados foram presos na 26ª fase da operação, deflagrada em março.
A Justiça Federal do Paraná autorizou, na quarta-feira (3), a transferência de quatro presos da Operação Lava Jato que foram detidos na 26ª fase, deflagrada em março deste ano. São eles: Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, Olívio Rodrigues Júnior, Marcelo Rodrigues e Luiz Eduardo da Rocha Soares.
Todos estavam na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, e serão levados para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A locomoção dos presos está prevista para a tarde desta quarta-feira (4).
O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas. O pedido foi feito pelo delegado Igor Romário de Paula, que alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem.
“De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos.
Tanto por isso autorizei, anteriormente, a remoção de outros presos relacionados à Operação Lava Jato para o Complexo Médico Penal, local que vem atendendo satisfatoriamente as condições de custódia dos referidos presos provisórios. Pelo que foi verificado anteriormente, ficarão em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação”, disse Moro ao aceitar a solicitação do delegado.
A 26ª etapa investiga o “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht, que, de acordo com a polícia, se tratava de um departamento exclusivo para o gerenciamento e pagamento de valores ilícitos. A operação foi baseada na delação premiada de Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da empreiteira que atuava no setor.
Confira a situação dos presos que serão transferidos:
– Hilberto Mascarenhas Filho é ex-executivo da Odebrecht e foi denunciado por organização criminosa, integrar associação dirigida à prática de lavagem de dinheiro e lavagem de dinheiro.
– Luiz Eduardo da Rocha Soares também é ex-executivo da Odebrecht e também foi denunciado por organização criminosa, associação dirigida à prática de lavagem de dinheiro e lavagem de dinheiro.
– Marcelo Rodrigues é doleiro. Ele foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
– Olívio Rodrigues Júnior també é doleiro e a denúncia conta ele refere-se ao crime de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Outras transferências
Nesta terça-feira (3), o marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana, a mulher Mônica Moura, o ex-senador Gim Argello e o empresário de Santo André (SP) Ronan Maria Pinto, também foram transferidos para o complexo médico.
Ronan, dono do jornal “Diário do Grande ABC”, preso na 27ª etapa da Lava Jato, em abril, não é réu, assim como o ex-senador Gin Argello. Ainda não há denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra eles. Gin Argello foi preso na 28ª fase da operação, também em abril deste ano.
No dia 29 de abril, Sérgio Moro aceitou duas denúncias contra o publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura. Eles viraram réus e passam a responder por crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro em mais dois processos da Operação Lava Jato.
(G1)