Polícia e Exército participaram de treinamento conjunto com ações contraterrorista em preparação para a Olimpíada 2016.
O Estádio do Mineirão, na Pampulha, foi “invadido” ontem por 70 agentes do Exército Brasileiro, Polícia Federal e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar para um treinamento conjunto com ações contraterroristas. As tropas simularam o combate a um ataque no campo, que vai sediar 10 partidas de futebol masculino e feminino durante a Olimpíada 2016. As atividades estão sendo desenvolvidas em todas as capitais que vão sediar os jogos. Em BH, as várias etapas de treinamento tiveram início em janeiro e outras ainda estão previstas antes dos times entrarem em campo na capital mineira. Os Jogos Olímpicos vão ocorrer entre 5 e 21 de agosto, com a disputa de 42 esportes.
Na ação de ontem no Mineirão, policiais e homens do Exército simularam o desembarque de um helicóptero na esplanada, a entrada pelos corredores e o combate a invasores, que já haviam feito vítimas e mantinham pessoas reféns. Os grupos portavam armamentos e equipamentos comumente usados no dia a dia de trabalho, entretanto as armas estavam adaptadas para disparar balas de festim e tinta. Houve a encenação de vítimas mortas e criminosos fazendo ameaças. “O objetivo foi neutralizar a ação dos terroristas e resgatar reféns”, disse o subcomandante do Gate, major Alexandre Oliveira.
Nessa etapa, as atividades tiveram três dias de duração. Na terça-feira, as tropas treinaram ações antibomba, usando artefatos explosivos improvisados presos ao corpo de uma pessoa, em forma de colete. Para essa intervenção, o esquadrão antibomba do Gate usou equipamentos especiais, como raio-X, braço mecânico e robô. “Se isso ocorrer no Mineirão ou em algum lugar com concentração de pessoas, é preciso fazer a evacuação do local, total ou parcial, a depender do espaço, além da neutralização do artefato”, afirmou o major. Já na quarta-feira, foi a vez de os agentes simularem tiros de precisão em terra e também de dentro das aeronaves pairando sobre o solo.
“É importante lembrar que o Brasil não tem histórico de terrorismo, mas a Olimpíada tem”, afirma o subcomandante.
(Estado de Minas)