Britânicos decidiram nessa quinta-feira, em referendo, pela saída do bloco.
A saída do Reino Unido da União Europeia decidida em referendo representaria um verdadeiro terremoto para o país e para a UE.
Aqui estão algumas ondas de choque possíveis após a decisão tomada:
1- O primeiro-ministro conservador David Cameron já anunciou sua renuncia. Ele colocou sua credibilidade na linha de frente com o lançamento do referendo e, em seguida, fazendo campanha para permanecer na UE.
Ele é substituído por seu rival e líder do grupo pró-Brexit, Boris Johnson, que assume as rédeas.
2- O primeiro-ministro da Escócia, Nicola Sturgeon, partidário convicto da permanência na União Europeia, decide organizar um referendo sobre a independência do país.
A Escócia decide desta vez pela secessão, dissociando-se de um reino que escolheu o Brexit.
3– Na Irlanda, uma nova fronteira é redefinida, isolando a Irlanda do Norte de seu vizinho da UE e reduzindo o comércio transfronteiriço.
4- O país começa complicadas negociações com a União Europeia, de uma duração máxima de dois anos, que decidirá sobre as condições de acesso ao mercado único.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, já avisou que “o Reino Unido será um Estado terceiro que não terá vantagem alguma sobre os demais”.
5- O choque sobre os mercados, a incerteza e a confusão na City levam a uma queda da libra de 15 a 20%, uma inflação a 5%, um aumento dos custos de trabalho, o crescimento perde de 1 a 1,5% (fonte: HSBC).
Milhares de empregos da City são transferidos para os centros financeiros de Frankfurt ou Paris.
6- A chegada de migrantes provenientes da União Europeia reduz drasticamente, resultando em uma falta de mão de obra nos setores de construção e serviços.
7- Os outros países da UE correm para Bruxelas para negociar compromissos, ameaçando de outra forma deixar o clube dos 27 países restantes da UE.
8- Por fim, uma vez passada a fase de transição, por mais doloroso que seja, o Reino Unido continua a ser uma economia flexível e dinâmica, ajudado por novos parceiros econômicos e uma migração seletiva (Fonte: HSBC).