Jovem desapareceu em 2010 e desde então seu corpo nunca foi encontrado; Rodrigo Sousa também acusou mais duas pessoas por envolvimento no crime.
O irmão do ex-goleiro Bruno, Rodrigo Fernandes das Dores de Sousa, disse, em depoimento à Polícia Civil do Piauí, que sabe onde está enterrado o corpo de Eliza Samudio e que está disposto a fornecer mais detalhes sobre o seu paradeiro caso seja for incluído no programa de proteção a testemunhas. Preso desde setembro de 2015 no Piauí suspeito do estupro de uma adolescente, Sousa afirmou ter presenciado a morte e ocultação do cadáver da ex-companheira de Bruno, com quem ela teve um filho. Elisa está desaparecida desde 2010. A polícia fez diversas escavações atrás do seu corpo em propriedades de Bruno, mas ela nunca foi encontrada.
Sousa prestou depoimento na Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí (Polinter) a pedido da Justiça do Rio de Janeiro, que investiga o caso. Ao delegado Cadena Júnior, ele disse que os restos mortais de Eliza estão numa cidade do interior de Minas Gerais. Ele também acusa mais duas pessoas de participar da morte da vítima. O nome desses acusados ainda não foi divulgado. Além do ex-goleiro do Flamengo, que está detido no presídio de Contagem (MG), outras sete pessoas foram presas pelos crimes contra Eliza.
O delegado geral da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, Riedel Batista, disse que as informações prestadas por Sousa estão sendo encaminhadas para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que emitiu uma nota sobre o caso nesta segunda-feira: “Encontra-se em andamento uma investigação complementar para identificar dois indivíduos que teriam participado do sequestro e da tentativa de aborto sofridos por Eliza Samudio”. Os investigadores também disseram que o irmão de Bruno informou que estava no Rio na época do sequestro de Eliza, mas não disse se teve alguma participação no crime.
Há quatro anos, o primo do ex-goleiro Jorge Rosa Sales afirmou que a polícia de Vespasiano (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, escavou o bairro de Santa Clara atrás dos restos mortais de Eliza. Já foram feitas buscas em pelo menos quatro pontos diferentes de Belo Horizonte, incluindo o sítio de Bruno, em Esmeraldas, onde ela teria sido vista pela última vez.
Em 2013, o goleiro foi condenado por um tribunal do júri a 22 anos e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e sequestro do filho da vítima. A Polícia Civil do Rio encaminhou o depoimento à Justiça de Minas Gerais, para eventuais providências.
(Com Estadão Conteúdo)