O assessor especial do governador Fernando Pimentel para o Vale do Mucuri, Jorge Arcanjo da Rocha, foi uma das primeiras lideranças partidárias (ele é presidente do PSDC) a se somarem ao projeto político de Daniel Sucupira rumo à Prefeitura de Teófilo Otoni. Jorge acreditou e optou pelo nome de Daniel ainda quando nomes do próprio Partido dos Trabalhadores duvidavam de que Sucupira conseguiria se eleger prefeito.
Nesta semana Jorge recebeu a mim, David Ribeiro Jr., na condição de editor-chefe do minasreporter.com, e concedeu-me uma enorme entrevista falando tudo sobre os bastidores da campanha, sobre a participação do PSDC na vitória de Daniel, e, sobretudo, do que nos aguarda o futuro político próximo, inclusive comentando a sucessão na Câmara Municipal. Jorge também foi enfático em afirmar que pode, sim, caso este seja um projeto do grupo, candidatar-se a deputado estadual em 2018.
Acredite, vale a muito a pena acompanhar este bate-papo entre nós. Se quiser, deixe também os seus comentários após a leitura da entrevista.
minasreporter.com — Você tem a sensação do dever cumprido com a vitória de Daniel Sucupira, principalmente tendo em vista a sua participação na campanha?
Jorge Arcanjo — Com certeza. Eu penso que o processo foi bastante gratificante, e não apenas pela vitória, mas também, e principalmente, pela oportunidade de apresentar um novo caminho para a política local. Eu me orgulho de dizer que fui um dos primeiros a acreditar num projeto de transformação da política de Teófilo Otoni. Foi por isso que optei por apoiar o nome de Daniel Sucupira. Graças a Deus, foi uma campanha de alto nível, uma campanha pautada pelo debate de ideias, e, agora, nós estamos esperançosos que que, a partir de janeiro, teremos um novo tempo nesta cidade. Eu costumo dizer que Daniel Sucupira está ungido para fazer um bom governo. E ele tem dito que esse será um governo feito com muitas mãos, um governo de oportunidades. Temos que dar oportunidades àquelas pessoas que não tiveram chance de participar do poder público.
minasreporter.com — Em nossa última entrevista você já dizia que o prefeito Getúlio Neiva tem, sim, algumas importantes qualidades como gestor, mas que, com o grande desgaste de sua imagem junto à opinião pública, dificilmente conseguiria se reeleger. Foi uma profecia ou foi uma previsão técnica?
Jorge Arcanjo — Foi muito mais uma previsão técnica. Eu sempre disse que Getúlio prestou relevantes serviços à comunidade de Teófilo Otoni e região, mas penso que ele está em um momento de passar o bastão adiante. O problema é que, como ele insistia em ser candidato, eu sempre coloquei em pauta que o que mais o atrapalhava era sua assessoria, as pessoas que estavam mais próximas dele. Essas pessoas não o deixavam ver as reivindicações do povo. O divisor entre o gestor e os problemas era a sua assessoria. Isso dificultou muito e, depois, ainda houve aquele infortúnio envolvendo a sua saúde. Aquilo só serviu para dificultar ainda mais. Nós estávamos fazendo pesquisas diárias que mostravam um detalhe curioso: a turma do Getúlio, os marqueteiros, insistiam em trazer o candidato porque acreditavam que a sua vinda seria algo de definitivo para ganhar a eleição. A turma mais próxima insistia nessa tese. Mas nós estávamos monitorando todas as variáveis através de pesquisas, e essas pesquisas mostravam que, se ele viesse, seria melhor para a campanha de Daniel. E foi o que ocorreu. Quando Getúlio apareceu na sexta-feira as pessoas puderam comprovar de perto que ele não tinha condições físicas de administrar a cidade. Foi naquele momento que grande parte da população se definiu por votar em Daniel Sucupira. A vinda do Getúlio foi preponderante para Daniel ganhar a eleição, e olha que essa foi uma ideia da equipe dele!
minasreporter.com — Foi a primeira vez na história que uma campanha polarizada pelo PT e pelo PMDB não se deu nos moldes “nós contra eles”. Podemos dizer que essa campanha assinala uma evolução do processo político em Teófilo Otoni?
Jorge Arcanjo — Eu acredito que sim. Penso que a campanha se deu através de um debate de ideias. É bem verdade que houve momentos em que algumas pessoas do grupo de Getúlio quiseram baixar o nível da campanha, mas durante o tempo todo a equipe de marketing de Daniel se manteve firme e não cedeu às provocações. Nós que estávamos na frente da campanha de Daniel não deixamos cair o nível, pelo menos o nosso nível de debates. Não entramos em questões pessoais, não estimulamos picuinhas… e foi assim que optamos por uma campanha de alto nível. E, com base nisto, acredito que, a partir de agora, teremos um padrão muito melhor nas próximas campanhas também. Acho até que essa geração de políticos que hoje está aí ficou para trás. Agora teremos uma geração de políticos novos. E, deixando a modéstia de lado, os dois políticos expoentes que estão aí são o nosso prefeito Daniel Sucupira, que acaba de ser eleito, e eu, que fui um dos mais ferrenhos defensores do seu nome. Eu acreditei no projeto dele e fiquei ao seu lado porque acreditava que era o melhor para a cidade. E o resultado das urnas confirmou que a população também entendeu isso. Logo que declarei oficialmente o meu apoio a Daniel Sucupira, algumas pessoas falavam que ele não ganharia por ser do PT. Todo mundo me dizia que o PT está desgastado em nível nacional, e está mesmo, mas aqui em Teófilo Otoni as pessoas votaram em Daniel Sucupira, na pessoa dele, no seu carisma, na sua simpatia e na sua seriedade. Não se pode negar que Daniel esteja acima da sigla do Partido dos Trabalhadores e, como ele tem dito, quem errou não foi a instituição PT. Quem errou foram algumas pessoas. Então, os que erraram é que devem ser banidos… Esse é que tem que ser o caminho.
minasreporter.com — Você diz que esta foi a primeira vez que a população votou no candidato, e não no partido; mas as pessoas que têm uma ideologia de esquerda insistem em votar contra Getúlio Neiva, indiferentemente de quem esteja do outro lado…
Jorge Arcanjo — Com certeza. Veja bem que Daniel Sucupira teve trinta mil votos. Se você pegar aí a turma de esquerda aqui em Teófilo Otoni encontrará uma média de dezessete mil pessoas. Então, de onde vieram os outros treze… catorze mil votos? Essas pessoas foram preponderantes… são formadores de opinião… enfim, pessoas que fizeram essa avaliação e acabaram votando em Daniel Sucupira. Eu acredito que essas pessoas foram definitivas para ganharmos a eleição. É um fato que apenas os dezessete mil petistas não seriam o suficiente para ganhar a eleição. Esses outros treze mil votos foram, então, importantíssimos para a nossa vitória… e eu digo nossa porque entendo que a vitória de Daniel é a vitória da mudança e a oportunidade para a instalação de uma nova forma de fazer governo.
minasreporter.com — Uma vez vitorioso nas urnas, cabe agora ao prefeito eleito se preocupar com o governo que pretende empreender a partir de 1º de janeiro. O que nós podemos esperar do governo de Daniel Sucupira?
Jorge Arcanjo — Antes de tudo, um governo sério e transparente. E, claro, competente e inovador. Um exemplo disso é que Daniel já esteve em Belo Horizonte e em Brasília buscando recursos e emendas parlamentares para iniciar o seu governo a partir de 2017. E é importantíssimo que ele busque esses recursos agora porque, se não conseguir em novembro, administrará apenas com o fundo de participação municipal, o FPM, que não é suficiente para tirar as propostas do plano de governo do papel. Com base nisto, eu acredito que podemos esperar um governo realmente diferente, um governo construído por diversas mãos, e posso afirmar que não vai ser um governo negociável; não deixaremos transformar a Prefeitura em um balcão de negócios. Pode ter certeza de que Daniel não deixará ninguém roubar. E, para isso, ele contará com um companheiro, que sou eu. Nós seremos vigilantes. Essa cultura que existe de algumas pessoas que querem levar vantagem em tudo tem que ser abolida. No serviço público, temos que servir, e não ser servido.
minasreporter.com — Uma das críticas que é feita ao Partido dos Trabalhadores em Teófilo Otoni é a falta de nomes qualificados para compor um governo forte. Houve até quem dissesse que Daniel cometeu um erro ao prometer que só governará com nomes da cidade. Você acredita que será possível montar um secretariado eficiente apenas com as mesmas figurinhas carimbadas da esquerda local?
Jorge Arcanjo — Eu acho que sim. Há muita gente qualificada, gente com o perfil certo e com competência para assumir uma secretaria. E, além disso, este foi um compromisso de campanha que Daniel assumiu publicamente, de não trazer nomes de fora. A oposição bateu muito dizendo que, se Daniel ganhasse, traria de volta o Rudson Kerley e outras pessoas de fora para ajudar a administrar a cidade. Mas ele foi categórico, até gravou um vídeo dizendo que não iria trazer ninguém de fora exatamente para dar oportunidades para que as pessoas daqui, não só do Partido dos Trabalhadores, mas também do PSDC, do qual sou presidente, e há ainda o Solidariedade, que esteve conosco, o PCdoB, que veio se somar a nós depois daquela história de o Edson Soares ser candidato. Enfim, podemos, sim, compor um governo com pessoas técnicas, pessoas preparadas, até porque, como Daniel tem dito, uma vez confirmada a sua eleição, ele não será prefeito apenas dos trinta mil eleitores que votaram nele. Será prefeito de toda a cidade.
minasreporter.com — O senhor acredita que Daniel Sucupira é o sucessor natural de Maria José dentro do Partido dos Trabalhadores na região?
Jorge Arcanjo — Com certeza. Mas é preciso entender que a visão do Daniel é ainda mais macro do que a da professora Maria José. Ela era a liderança que o PT local e regional precisava naquele momento. Daniel é o líder que o PT precisa na atualidade. Eu tenho certeza de que Daniel fará uma grande gestão como prefeito e depois vai galgar outros espaços importantes na política estadual, e quem sabe até na política nacional.
minasreporter.com — Já está definido qual será o papel do PSDC no governo de Daniel Sucupira?
Jorge Arcanjo — Antes de tudo, é preciso entender que o governo de Daniel Sucupira será um governo de participação efetiva. Dois dias depois da vitória nos sentamos e ele me fez o convite para ser seu secretário, só não me falou de qual pasta. Naquele momento ele ainda sinalizou que poderemos, o PSDC, ocupar ainda uma segunda secretaria. Desse modo, eu acredito que o PSDC deve ter no mínimo duas secretarias importantes. E, sendo assim, o nosso partido terá uma participação efetiva, até porque, além de ser presidente do partido, estou dentro do serviço público há bastante tempo, o que me dá uma larga experiência para ajudar a cidade a crescer e a desenvolver. Durante a campanha eu sempre deixei claro que estava à disposição da futura administração municipal de Daniel Sucupira. O que eu quero é ajudar. Onde e como é menos importante. Se Daniel entender que eu serei mais útil a ele continuando como assessor do governador Pimentel, onde estou atualmente, continuarei no meu cargo, e, neste cargo, ajudarei Daniel como for possível. Se ele, o prefeito Daniel, entender que sou mais útil atuando como secretário municipal, estou à disposição da mesma maneira. O que importa é que o PSDC colaborará tanto nas secretarias que vier a ocupar quanto nos outros cargos também, sejam eles de chefe de Divisão, assessor técnico… enfim. No nosso partido temos pessoas competentes para trabalhar e apoiar o governo de Daniel. E é isso que faremos. Eu insisto que a nossa participação será efetiva. Nós, do PSDC, vamos trabalhar muito. Daniel costuma dizer que gosta de acordar cedo; eu também gosto de acordar cedo e de dormir tarde. Daniel quer fazer um trabalho de muito dinamismo à frente da Prefeitura, e tem que ser assim mesmo, até porque, nesta era da internet, da informática e das modernas tecnologias da informação, é preciso ser muito dinâmico para se comunicar com as pessoas, com a nossa gente, e atender as demandas dos nossos cidadãos.
minasreporter.com — Há quem diga que com ou sem cargo você será o homem forte do governo Daniel Sucupira. Esse tipo de informação te lisonjeia ou te incomoda?
Jorge Arcanjo — Acho que isso aí é bondade do povo em função de eu ser amigo de todo mundo e de ter sido, desde o primeiro momento, uma das pessoas que mais apoiou a candidatura de Daniel. Eu até prefiro não misturar as coisas e não me deixar levar por vaidade. O que quero é ser uma ponte entre Daniel e a nossa gente. Como prefeito, por mais que ele se empenhe por estar perto da população, acaba sendo muito absorvido pelas responsabilidades do cargo. Eu quero ser uma ponte contínua entre Daniel e a nossa gente. O que eu quero é servir. A realidade é que Teófilo Otoni apresenta hoje muitas demandas, e, como eu falei agora há pouco, criou-se uma expectativa muito grande da parte do povo com relação ao governo de Daniel Sucupira. Eu quero deixar claro aqui que vamos fazer de tudo para não decepcionar o povo. Quando estivemos nas casas, nas ruas, nos bairros e nas diferentes comunidades as pessoas nos abraçaram. Agora nós é que vamos até essas pessoas retribuir o abraço de quem acreditou no programa de governo de Daniel Sucupira e da Coligação Experiência e Renovação.
minasreporter.com — O seu partido, o PSDC, não conseguiu fazer vereador. Há leituras para esta situação. Uma: faltou envolvimento do presidente. A segunda leitura é que o presidente esteve tão envolvido na campanha de Daniel, e era necessário que estivesse mesmo, que precisou deixar os candidatos a vereador andarem com as próprias pernas. Qual a sua leitura?
Jorge Arcanjo — O meu envolvimento de forma incisiva na campanha de Daniel realmente obrigou que eu estivesse mais envolvido na campanha do nosso prefeito. E, com isso, não atingimos o coeficiente eleitoral. Mas, por outro lado, é importante esclarecer que os nossos 21 candidatos a vereadores, com exceção do Preto da Taquara, que obteve uma votação expressiva, 676 votos, tiveram uma votação aquém do que imaginávamos. Toda segunda-feira eu e os vinte e um candidatos nos reuníamos e fazíamos uma previsão de votos. Todos os outros vinte fizeram uma previsão que foi muito aquém do que nós esperávamos. Se fosse mantida a média que esperávamos, elegeríamos pelo menos um vereador, com possibilidade de um segundo na sobra. Então, o que ocorreu é que os candidatos tiveram uma votação abaixo do previsto. De fato, houve um momento em que me vi praticamente absorvido de forma integral para a campanha de Daniel Sucupira. Foi quando começamos a receber muitas críticas na internet, com os adversários batendo e divulgando inverdades. Naquela hora eu tive que puxar para mim a responsabilidade de responder à altura os ataques que sofríamos, para que Daniel pudesse continuar na rua em sua campanha de corpo a corpo. Mas, mesmo que eu estivesse mais presente com os candidatos do meu partido, não sei se teria sido diferente. Até porque, mesmo quando estive um pouco afastado, nunca deixei os meus candidatos na mão ou abandonados. Eles sempre puderam contar comigo, como ainda sabem que podem, mesmo terminada a campanha, continuar contando.
minasreporter.com — Tendo em vista a sua importância para a campanha de Daniel sucupira, seu nome tem sido ventilado como candidato a deputado estadual. O senhor pretende mesmo pôr o seu nome à apreciação?
Jorge Arcanjo — Vai depender muito do caminhar do governo do Daniel e da disponibilidade que eu tiver para fazer campanha à época. Agora é muito cedo para determinar, desde já, algo assim tão importante. Além do mais, candidatar-se a deputado estadual não é algo que se faça para massagear o ego ou por pura realização pessoal. É preciso se candidatar apenas se houver o propósito de servir à população. Se a população entender que eu posso contribuir como deputado, não me omitirei. Estou à disposição para me candidatar, desde que a minha candidatura faça parte de um projeto político maior em defesa dos interesses de Teófilo Otoni e das cidades da região. Se à época o prefeito Daniel, os vereadores, e as nossas lideranças coligadas regionalmente entenderem que o meu nome é realmente o mais indicado para disputar a eleição, estou pronto. Não vejo nenhum problema; embora já deixe claro que não farei isso apenas por vaidade.
minasreporter.com — Em se confirmando a sua candidatura, o senhor se manteria no PSDC, ou pretende migrar para o PT, já que a própria base do PT local tem dificuldades de apoiar e votar em candidatos de outras siglas?
Jorge Arcanjo — Como eu disse, por enquanto é muito prematuro falar sobre isso, porque este não é um projeto meu. O meu projeto é de servir à população. Se decidirmos conjuntamente, Daniel, eu, o nosso grupo, que devo ser candidato, serei e tomarei todas as providências para empreender uma campanha com chances reais de vitória. Mas esta não é uma preocupação imediata. O que eu penso é que não se pode fechar nenhuma porta. Se você quiser saber qual a minha preferência, eu gostaria de me manter no PSDC. Na chapa passada o PSDC elegeu deputado estadual com 28.500 votos. É razoável eu permanecer no PSDC. Porém, se o grupo entender que eu devo me filiar ao Partido dos Trabalhadores, assim o farei. Na realidade, isso está além da minha vontade. Uma campanha de deputado tem que ser um projeto de grupo. É preciso discutir em conjunto com o grupo qual o melhor caminho para a disputa em 2018.
minasreporter.com — O grupo do prefeito eleito já se posicionou sobre qual vereador apoiar para a disputa da Presidência da Câmara Municipal?
Jorge Arcanjo — Ainda não. Neste momento o prefeito eleito Daniel Sucupira está muito mais preocupado com a transição de governo. Ele tem me dito que no momento certo vai lidar com a questão da Presidência da Câmara, mas esta não é sua obsessão, ainda mais por entender, como vereador que ainda é, que a eleição para a Presidência é um assunto que, em tese, só diz respeito aos vereadores. É claro que é importante que haja harmonia entre a Administração Municipal e a Câmara, mas não pode ser de forma impositiva nem de uma parte nem da outra.
minasreporter.com — O senhor falou na transição de governos. Já foi instalado uma equipe de transição?
Jorge Arcanjo — Sim, e já estamos trabalhando neste sentido.
minasreporter.com — O atual governo tem colaborado?
Jorge Arcanjo — Tem, sim. Sendo bastante sincero, eu tenho inclusive sentido uma enorme boa-vontade por parte da equipe que está lá. Eu me reuni como o procurador jurídico Dr. Rodrigo, e ele se mostrou muito solícito neste primeiro momento de instalação da equipe de transição.
minasreporter.com — Fernando Pessoa já dizia que tudo vale a pena quando a alma não é pequena. E então, valeu a pena?
Jorge Arcanjo — É claro que valeu! Valeu muito a pena. Eu até me emociono quando lembro como foi difícil arrebanhar apoiadores para a campanha de Daniel Sucupira quando tudo parecia estar contra nós. Você se lembra bem, David, que até você me questionou lá atrás, antes da formação das coligações, se eu tinha certeza que aquele era o melhor caminho. Naquele momento eu respondi para você que ainda te mostraria que o futuro nos daria razão. E nos deu. Pense bem: se quando tudo estava contra nós eu acreditei no projeto de Daniel, hoje, agora que ele está eleito, acredito ainda mais. Daniel Sucupira é um líder jovem, tem apenas 34 anos, uma enorme vontade de acertar e de ajudar a sua cidade, e eu tenho certeza de que ele empreenderá um governo que vai ficar para a história. Os próximos quatro anos serão históricos para a nossa gente. Haverá uma Teófilo Otoni antes, e outra muito melhor depois da Administração de Daniel Sucupira.