O Brasil começa o ano com o pé direito. A inflação de 2016 caiu de cerca de 10% para 6,29%. O Banco Central, de forma independente, baixou a taxa de juros, e os bancos públicos e privados também reduziram suas taxas.
Isso é fruto de um trabalho feito com muita responsabilidade pelo governo. Começamos cortando na própria carne, com o teto de gastos públicos, medida de ajuste fiscal indispensável para organizar e controlar as contas do próprio governo.
E fomos além. Liberamos o saldo das contas inativas do FGTS; anunciamos a diminuição nas taxas do cartão de crédito; aumentamos o valor do Bolsa Família; lançamos o Cartão Reforma para quem ganha menos de R$ 1,8 mil ter acesso, na Caixa Econômica Federal, a recursos de até R$ 5 mil, a fundo perdido, para reformar a casa. Anunciamos mudanças pontuais na legislação trabalhista, dando caráter permanente ao Programa Seguro-Emprego e dando às convenções coletivas força de lei no período de vigência acordado entre patrões e empregados, a ser aprovado pelo Congresso Nacional.
São reformas estruturantes, que estão dando novo dinamismo à economia do país. Como a reforma da Previdência, que enviamos ao Congresso Nacional, e que já está sendo discutida na Câmara dos Deputados, preservando o direito adquirido. Ou a mudança no marco legal da exploração do pré-sal, que possibilitará a vinda de investimentos externos para o país, sem perdermos a soberania sobre o petróleo. E ainda a regularização fundiária nas cidades e entrega de títulos para assentados no campo.
A inflação e a taxa de juros, a Selic, têm relação direta com a vida de todos os brasileiros. Com inflação mais baixa, o rendimento do trabalhador fica protegido. Tem mais valor. Quando a taxa da Selic é reduzida, os bancos públicos e os bancos privados podem também diminuir os juros que cobram por suas operações financeiras. E isso já está acontecendo.
Isso significa que os juros dos financiamentos para compra da casa própria, de eletrodomésticos, de carros e de empréstimos começam a diminuir também.
As notícias deste início de ano indicam que o nosso governo está no caminho certo. Estamos criando o ambiente para criação de novos empregos, ao longo de 2017. A queda da inflação e a baixa redução da taxa Selic refletem isso.
A inflação atinge com força justamente os mais pobres, penalizando os que mais necessitam. E a boa notícia é que a inflação continuará em queda, com previsão de índices menores ainda neste ano. E o Banco Central sinaliza que as taxas de juros também continuarão em queda.
É importante ainda registrar que a política de recuperação das empresas estatais também já apresenta resultados positivos. Com isso, o valor das ações da Petrobrás, por exemplo, vai aumentando.
Ainda vamos enfrentar dificuldades. Afinal, não se resolve com passe de mágica a que é talvez a maior crise econômica que o Brasil já enfrentou. Sair dessa crise é esforço que deve ser feito por todos. Essa é uma luta que não se vence sozinho. O governo, o Congresso Nacional, as forças produtivas e a sociedade brasileira têm o mesmo objetivo: fazer o país voltar a crescer, gerar empregos e bem-estar para todos.
Vamos sair da crise. Estamos colocando o Brasil nos trilhos.
Por Michel Temer
Presidente da República | Brasil