O comandante do Exército, General Eduardo Villas Boas, declarou que nos dias que antecederam ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o Exército teria sido consultado sobre sua posição perante possível decretação de um estado de defesa.
A decretação de um estado de defesa daria poderes especiais à presidente da República, no caso, Dilma Rousseff, cercearia as liberdades individuais e limitaria o direito de manifestação.
O General disse que as forças armadas foram procuradas por políticos de “esquerda”, mas não deu nomes e nem datas exatas para as reuniões. A história ensinou que nenhum golpe de Estado ocorre sem, pelo menos, a conivência dos militares. Na Venezuela, hoje, existe um impasse por essa exata razão, o Exército é contra o golpe.
O General Villas Boas já discutiu o tema da intervenção militar nas colunas dos grandes jornais e se disse contrário, porém, também disse que “às vezes, basta um tresloucado desses tomar uma atitude insana para desencadear uma reação em cadeia”.
Fonte: causaoperaria.org.br – 23/04/17