Por Diego Casagrande | no Opinião Livre
A história contada por Joesley Batista à Revista Época (da Rede Globo) em relação a Lula é tão verossímil quanto uma nota de três reais. Ele afirma que Temer é o “chefe da organização criminosa mais perigosa do Brasil” mas que com Lula e o BNDES só teve “relações republicanas”, embora reconheça que o ex-presidente e o PT “institucionalizaram a corrupção”.
Joesley quer nos fazer acreditar que Temer, um bandido da política, é mais perigoso e bandoleiro que Lula? É isso? Que Lula é uma criança de colo perto de Temer? Que Lula é uma peça importante no esquema mas não a principal peça do esquema?
Esta conversa fiada parece de alguém que fumou um da cracolândia.
Joesley gravou Temer mas não gravou Lula, explicando que nunca teve conversa “não republicana” com Lula pois seu interlocutor era Guido Mantega. E Joesley, por que você não gravou Mantega?
Joesley, Joesley… o brasileiro não é mais tão otário. Estes últimos anos de Lava Jato fizeram muita gente abrir os olhos.
Como bem faz pensar a publicitária Ana Ferreira:
“Deixa eu ver se entendi. O cara tinha uma empresa fundo de quintal e durante todo governo do PT, se tornou a maior empresa de carne processada do país, detendo praticamente o monopólio do setor. Mas aí o dono vai lá e concede uma entrevista pra revista fuleira dizendo que o Temer é o chefão? Ah para Joesley, conta outra que já passou o tempo do brasileiro ser otário. Esse acordo entre vocês (emissora, revista e JBS) pra salvar de abrir a caixa de pandora do BNDES já tá mais do que na cara”.
Conta outra Joesley!
