O prefeito Héber Gomes Neiva, médico de formação, e atualmente chefe do Executivo Municipal de Caraí, recebeu em seu gabinete ao editor-chefe do minasreporter.com, David Ribeiro Jr., ocasião em que comentou como tem conseguido mudar a mentalidade da política da sua cidade ao optar por administrar para todos, e não apenas para os apadrinhados e uma meia-dúzia de beneficiados. Segundo o Dr. Héber, ou Vavá, como é mais conhecido politicamente, a sua atitude causou um enorme desgaste para a sua pessoa e administração no primeiro momento. Contudo, ele explica, à medida que a população percebeu que essa sua forma de administrar para todos traz, também, resultados para todos, começou a apoiar o seu governo, e hoje a cidade vive uma conscientização muito maior do que a administração municipal pretende, e até tem apoiado esse projeto coletivamente.
Vale muito a pena acompanhar o bate-papo, logo a seguir:
minasreporter.com — Qual o balanço dos primeiros seis meses de Administração à frente da Prefeitura de Caraí?
VAVÁ: Um desafio imenso. Mas esse mesmo desafio foi, também, uma forma de motivação. Não foi fácil receber um município desorganizado, sucateado e abandonado em diversas situações. A parte mais difícil é ter que que resolver problemas antigos ao mesmo tempo em que se tem a necessidade de avançar com as demandas, que são constantes. No caso de Caraí, o abandono em que encontramos a Prefeitura é de uma dimensão muito maior do que em outros municípios. E foi exatamente por isso que me propus ao desafio de mudar alguns hábitos da nossa gente com relação à forma de ver a Administração Pública. Neste sentido, eu quis mostrar à população que se deve pensar em todos, e não apenas em um só, individualmente. Eu entendo que o nosso sistema está viciado. Politicamente, as pessoas estavam acostumadas com a ideia de que, quem ganha a eleição, pode tudo. Mas não pode. E a nossa administração tem esse viés de pensar em todos antes de pensar em uns poucos. Por causa desta minha concepção de administrar, eu tive que assumir um desgaste enorme neste primeiro momento do meu mandato, mas entendo que houve necessidade de ser assim. O meu maior esforço foi exatamente este: administrar para todos. Eu fiz esta opção, absorvi a condição de desgaste, mas entendo que essa forma de gerir para todos ajuda a economia a funcionar e, com o dinheiro girando, todos saem ganhando. E aí, quando as pessoas veem que os recursos do município estão girando no município, a nossa administração está pagando em dia, há transparência na utilização dos recursos, não há desvios da estrutura da Prefeitura para outros fins, todos começam a entender que, de fato, administrar para todos é algo que funciona, e que é bom, de fato, para todos. O paradigma antigo era de que, o gestor, ao assumir, só se preocupava em beneficiar os seus apadrinhados. Com essa nossa forma de gerir democraticamente, de fato, ou seja, para todos, estamos conseguindo avançar e, ao mesmo tempo, estamos corrigindo os desmandos que encontramos. Eu paguei dívidas do município para com os servidores da Educação, que não tinham recebido, consignados que foram descontados na folha em dezembro; paguei o INSS da folha de novembro e dezembro, que não havia sido pago e que acabou bloqueando receitas… eu tive que pagar o financiamento do BDMG, que era para fazer uma rua de mais de R$ 1 milhão, com algumas parcelas vencidas de quase R$ 50 mil. Paguei as parcelas vencidas, pagamos contas antigas e organizamos as finanças para, de certa forma, nos possibilitar avançar.
minasreporter.com — Podemos dizer, então, que o município atingiu, economicamente, o seu ponto de equilíbrio? Ou seja: daqui pra frente dá para administrar eficientemente e ter uma sobra para pagar as dívidas antigas de forma ordenada e específica?
VAVÁ: Eu me orgulho de poder dizer que na minha gestão as contas da Prefeitura estão totalmente equilibradas, e pra mais, ou seja, pra melhor. Eu sei que podem ocorrer percalços, mas, exatamente pensando nisto, tenho feito reservas para situações das quais não há como você prever, e também não há como não encará-las de frente quando ocorrerem. Por exemplo: nesses seis meses iniciais eu fiz uma reserva que me permitiu pagar o 13º salário dos servidores. Acabei de anunciar a antecipação do pagamento da primeira parcela. Mas não é só isso. Hoje o caixa da Prefeitura de Caraí tem reservas para fazer calçamento com recursos próprios, consertar máquinas, fazer estradas de rodagem… e até uma reserva que fizemos para atender algum imprevisto. E isso só foi possível porque eu entendo que, se na minha casa eu ganho R$ 500,00, não devo gastar os R$ 500,00. É preciso fazer uma reserva, pois pode haver uma doença, necessidade de comprar remédio… enfim! Sempre precisamos ter uma reserva. E eu fiz questão de trazer esta mesma filosofia para a administração da Prefeitura e do Município. Os políticos tradicionais pensavam que poderiam gastar tudo o que tinham em caixa. Eu entendo que não. Como eu disse, é preciso ter reserva para atender a imprevistos. Eu estou bastante consciente de que não conseguirei resolver todos os problemas do município, principalmente com relação às contas públicas. Mas é preciso começar a fazer a diferença. Já conseguimos liquidar muitas contas antigas, e até o final do meu mandato pretendo entregar as contas da Prefeitura na situação mais saneada possível. Como eu disse, efetuamos o pagamento de metade do 13º dos servidores, anunciarei nos próximos dias um aumento para os professores reajustando os seus salários até o teto da Educação, e proporei aos sindicatos uma recomposição de reajustes que deveriam ter sido feitos, mas que não foram, e que os servidores ficaram no prejuízo todo esse tempo. Com relação aos servidores, o último reajuste foi em 2010, e de lá para cá os servidores não tiveram mais nenhum aumento.
minasreporter.com — O senhor fez reservas, mas agora está anunciando aumento de salários, o que vai resultar em despesas. Dá pra efetuar esses aumentos e reajustes respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal?
VAVÁ: Claro que sim. É tudo uma questão de planejamento e de administração inteligente e eficiente dos recursos. O que tem que ser feito é gastar bem. Por exemplo: na Educação eu deveria estar gastando 25% dos recursos do Município. Eu tenho gastado 29%. Na saúde o índice de investimentos deveria ser de 15%. No mês passado (junho), especificamente, o gasto foi de 22%. Contudo, como reformulamos toda a estrutura administrativa do município, eu poderia gastar até 54% com a folha de pagamento dos servidores, mas falta bastante para isso. É exatamente esse planejamento do investimento dos recursos do município que me dá condição de investir em outras ações, gastar menos com o que não deve gastar, e gastar mais com o que é, de fato, importante. Eu estou fazendo calçamentos, comprando carros novos, consertando as máquinas, além de estar passando e consertando as estradas de rodagens. Na Educação, por anos vinha caindo o número de estudantes da nossa rede; esse ano aumentou 20%. Como eu estranhei isso, busquei saber o que houve. A resposta que tive foi que há um aumento generalizado de confiança da parte do povo na Administração, o que tem resultado em mais confiança nos setores da Educação, com os pais mandando os seus filhos para a escola. Num primeiro momento fiquei até preocupado, pois, com o aumento de 20%, em média, de alunos na Rede Municipal de Educação, aumenta, também, em 20% os gastos com espaço, mobiliário, merenda, materiais e outros. Mas eu preferi que continuasse assim. Preferi encarar esse aumento de despesa como investimento, já que como a Educação é baseada nos resultados do ano interior, no ano que vem recuperaremos o investimento financeiro feito e ainda ajudamos as crianças da nossa cidade a terem acesso à educação de qualidade.
minasreporter.com — O senhor diria que colocar as contas da Prefeitura em dia foi o seu maior desafio?
VAVÁ: É um dos maiores, com certeza. Mas, como eu disse, implementando uma gestão eficiente, conseguimos otimizar as nossas contas. Algumas outras áreas demandam mais tempo. Um exemplo disso é o pânico que havia em toda a região no quesito segurança pública, com enormes índices de assalto, roubo e homicídio. O nosso convênio com a Polícia Militar era de R$ 20 mil. Por entender que era preciso investir mais em segurança pública, mandei aumentar o valor do convênio para R$ 50 mil. Estou colocando um posto policial no Ponto, uma comunidade que fica às margens da BR-116, e que por ser um ponto estratégico, fizemos diversas intervenções junto ao Estado e à PM, e estamos reativando o subdestacamento dessa comunidade. Na Saúde, estamos organizando a Atenção Básica. Por ser médico de formação, e de profissão, talvez eu tenha um entendimento um pouco melhor sobre a saúde, e sei que não dá para mudar tudo da noite para o dia. Sendo assim, estamos fazendo uma organização do atendimento e dos equipamentos para atender o melhor possível. No momento, estamos ampliando o número de especialidades ofertadas. Já temos psiquiatras, cirurgiões, anestesistas… mas, como eu disse, isso não se faz da noite para o dia. Nós precisamos ter um médico ortopedista, e ainda não temos. Há alguns dias recebi uma ligação me comunicando que ganhamos R$ 500 mil em recursos para investir no hospital destinados pelo deputado federal Fábio Ramalho. Apesar das dificuldades, entendo que, quando mudamos os hábitos, você com certeza vai colher resultados. As finanças são o motor de tudo; tudo tem custos e gastos. Mas, se você tem o controle dessa situação, você consegue direcionar de forma planejada, e é aí que entra o planejamento e o foco. Com base nisto, qual é o meu foco? É exatamente fazer para todos. Não adianta ter recursos e fazer para meia dúzia de pessoas. Não adianta desejar fazer para todo mundo e não ter recursos. Hoje nós estamos buscando recursos para fazer para toda a comunidade. Ao passar do tempo, a comunidade vai fazendo seu fundamento. A minha consciência me diz para seguir nesse caminho, e os resultados estão aí. Eu posso te dizer que em seis meses, em termos de finanças, o município estará realmente saneado na minha gestão e a gente ainda terá uma margem para investir na comunidade. Aquilo de ruim que ficou no passado, a gente busca organizar, mas sendo responsabilidade.
minasreporter.com — Caraí é um município que, além de ser grande, tem uma geografia desfavorável, já que parece uma ampulheta no mapa, e ainda tem o caso de ruas que, de um lado, pertencem ao município, do outro lado é outra cidade. Isso dá muito trabalho?
VAVÁ: O município é grande, mas o problema maior é a nossa disposição geográfica. Nós fazemos divisa com 7 municípios e temos 160 km de estradas de chão de ponta a ponta. Você imagina atender um doente de ambulância, de uma ponta a outra da cidade. O custo é muito mais alto. Uma ponte que vou fazer em uma determinada região acaba tendo um custo muito mais alto por causa da distância a ser percorrida. Então, não é muito fácil. O que se deve fazer é focar, planejar e otimizar os atendimentos e ações, e, quando se faz isso, você talvez consiga reduzir um pouco do custo e consiga tornar um pouco mais ágil as ações. Um desafio enorme é você conservar as estradas de rodagem de um município da dimensão do nosso depois de 4 anos sem assistência. Em função da necessidade emergencial, já que o ano escolar começou em 16/02, e não tínhamos muito tempo, mandamos, de imediato, roçar e pelo menos “cascalhar” essas estradas em diversos pontos para não interromper o transporte escolar, o atendimento dos doentes e o trabalho da PM para fazer ocorrências… O desafio realmente é grande. É preciso trabalhar dia e noite, de segunda a segunda, e assim buscar resultados. Mas, quando vejo que a gente está atingindo os resultados e servindo à comunidade, isso me impulsiona ainda mais.
minasreporter.com — No meio político há uma máxima de que a maioria dos médicos quando se envolve na área administrativa quer gerenciar com o coração, com misericórdia. O Senhor, mesmo sendo médico, está adotando um estilo diferente, mais pautado na racionalidade e eficiência. É uma quebra de paradigma?
VAVÁ: Veja bem… Eu acredito que vivemos aqui no mundo com uma missão. Imagine você que, se a metade do mundo ajudasse outra pessoa, o mundo seria diferente; só que a gente tem que optar pela legalidade, ou do contrário cometemos injustiças. O prefeito gestor não tem o poder que muita gente pensa que tem; a máquina não é dele; o poder não é dele; os recursos não são dele, e sim do povo. Se com meus recursos eu tenho cuidado, imagina com o recurso que é de vinte e quatro mil pessoas. A minha responsabilidade é muito maior.
minasreporter.com — Como os seus apoiadores receberam essa quebra de paradigma com relação à sua ideia de política, gerindo para todos, que não é comum em nossa região?
VAVÁ: Uma parcela muito pequena recebeu de forma assustada, mas não chegou a ser novidade, pois, modéstias à parte, eu já fiz uma campanha eleitoral muito correta. Eu só fui candidato por causa do meu perfil. Eu não tive nenhum político me apoiando. Eu fiz uma campanha de casa em casa, olho no olho, falando a verdade. Quando alguém me pedia alguma coisa para atender a uma demanda individual, eu deixava claro que isso aí não é comum à minha pessoa nem era o tipo de campanha que me propus a fazer. Até hoje, quando me pedem alguma coisa, eu falo que não posso; mas para a comunidade eu faço. Eu não prometi nada a ninguém e eu não ganhei nada de ninguém. Nenhum deputado me deu nada; governador não me deu nada; e nenhum comerciante me deu nada. Eu não tive a influência de ninguém, e, por isso, não fiquei amarrado a ninguém. Tudo o que eu fiz foi conforme a minha consciência. Então, ao assumir, basicamente não foi novidade para a comunidade a minha gestão se revelar o que está sendo. Eu avisei que seria assim. E todos já conheciam o meu estilo de ser na vida pessoal e pública. A meia dúzia que estava acostumada com benefícios pessoais, benefícios egoístas, descabidos, esses, sim, realmente tiveram um choque. Para essas pessoas foi uma insatisfação. Mas até essas pessoas, quando viram os resultados da nossa Administração, com os recursos e os seus resultados chegando a mais pessoas, começaram a ver que assim, como estou fazendo, é melhor. Um exemplo foi a Educação. No início do ano, quando fomos fazer a designação dos professores, eu optei por fazer a designação por formação, por qualidade, de forma justa, e não para quem votou em mim. Na Educação não se arranja cargo; na Educação se investe para mudar a vida das pessoas; na Saúde também se investe e não podemos compactuar com quem faz politicagem. Você não faz politicagem para barganhar coisas que não te pertencem. Ao caminhar durante a campanha, eu fui o que eu sou no dia a dia, tanto nos palanques como na casa das pessoas. A comunidade entende isso e aceita. Rompemos com o velho sistema de barganha; não dou nada a ninguém; eu não faço nada para ninguém; eu faço para a comunidade porque o recurso é o que dá para você fazer. Se gastar bem, dá pra fazer muita coisa, mas para a comunidade.
minasreporter.com — E o seu ritmo de trabalho, como é?
VAVÁ: Intenso. E também sou muito detalhista e observador. Vou te dar um exemplo: Eu não participo de licitação. Eu não sei quem ganha e não sei quem é aquela pessoa ou empresa. Se atende as necessidades, faz a licitação e pronto. Há pouco tempo tivemos a licitação para a compra de alimentos. A empresa que ganhou apresentou uma planilha em que o pacote de açúcar de 5 kg era vendido a nós por R$ 12,90. Um certo dia eu estava no supermercado fazendo uma compra pessoal, nada a ver com Prefeitura, mas me deparei com pacote de açúcar a R$ 7,98. Na mesma hora liguei para a Prefeitura e mandei entrar em contato com a empresa. Ou reduzia o preço ou não compraríamos açúcar com eles. O preço baixou para R$ 8,90 o pacote. Você ser responsável faz com que os recursos rendam mais. Basta ter os pés no chão e não falar o que as pessoas apenas querem ouvir, mas sim aquilo que é importante, e o que é a verdade, e nunca enganar as pessoas. Outro ponto importante da responsabilidade na gestão dos recursos é que nós que vivemos de repasses não sabemos se amanhã o recurso vai chegar em dia. Há pouco tempo houve um atraso enorme no repasse dos recursos para o transporte escolar em todo o Estado. Se não tem reserva, a situação se complica para o prefeito e a Educação para.
minasreporter.com — O senhor também é presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde Entre os Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Como é dirigir uma entidade voltada para a saúde, onde as pessoas sempre quererem mais do que se pode oferecer?
VAVÁ: Bem… inicialmente, é uma honra. Eu sou médico do Consorcio desde 2008. Trabalho com pacientes de HIV e AIDS; então foi uma honra esse novo momento como gestor, e mais ainda ser escolhido de forma unânime, sem disputa, com o consenso de todas as cidades participantes. Agora permita-me falar sobre o que é o Consórcio para quem não o conhece. Um consórcio é quando os municípios se unem para buscar, na área da saúde, ações a um custo mais baixo. O consorcio é uma ferramenta importantíssima, não só para o município, mas também para toda a região e para o Governo do Estado. Se o Governo se conscientizasse, investiria mais nos consórcios de saúde. Você imagina um paciente que é atendido no consórcio… ele é financiado pelo município e não pelo Governo. O município aporta no consórcio recursos para que esse atendimento seja mais efetivo. O paciente, quando é bem atendido, não vai adoecer. Adoecendo menos, será internado menos. Para o Estado, é importante. O ideal seria que o Estado investisse. Atualmente, os municípios bancam deixando parte dos recursos para manterem o consórcio. O consórcio passou por alguns momentos de instabilidade em um passado recente, algumas mudanças, e talvez isso tenha gerado algumas dificuldades. Mas, com relação à gestão do Consórcio, a mesma filosofia que implantei no meu município, onde estou prefeito, trouxe para o consórcio, onde estou presidente. Estamos organizando a casa, e hoje o consórcio está em dia com suas contas. O nosso único débito é com a oficina, por causa do transporte, uma vez que os ônibus são velhos, estão sucateados, e, por isso, gasta-se mais do que se recebe do Governo para manter esse serviço. Mas, de qualquer forma, estamos saneando. Os salários dos médicos e servidores está absolutamente em dia. O consórcio faz a gestão de outras ações que não são, necessariamente, da alçada do consórcio. Um exemplo é o Centro Estadual de Atendimento Especializado (CEAE). É um contrato do governo de Minas com o município de Teófilo Otoni que é repassado pelo consórcio e, infelizmente, por falta de repasse, houve uma dificuldade na execução de forma adequada desses serviços, inclusive com a interrupção do atendimento dos médicos. O governo não repassou o recurso e o consórcio bancou com os seus próprios recursos o pagamento dos médicos por dois meses e do restante do pessoal por cinco meses. Aí não pudemos bancar mais e houve interrupção momentânea do serviço. Porém, cabe ressaltar que, neste caso, o trabalho do deputado federal Fabio Ramalho, que interviu e conseguiu resolver o problema. O governador, inclusive, teve que pagar todo o Estado por causa de Teófilo Otoni. Hoje está tudo em dia e a gente torce para que o Estado enfim honre os pagamentos em dia e daqui para a frente a gente aguarda os repasses de forma adequada. O consórcio exerce um papel muito importante e é uma honra poder estar ali. Enquanto eu estiver lá, irei efetivar mais as ações e nossa ideia é ampliar mais. O consórcio é uma ferramenta muito importante, sobretudo diante das dificuldades econômicas do Estado. Estamos com o Santa Rosália sob intervenção, o Hospital Regional aguardando para ser efetivado, a UPA ainda aguardando repasse, e o próprio consórcio precisando de investimento… enfim, são problemas que podem vir se não houver uma regularidade, e eu, e os outros prefeitos também, esperamos que os repasses sejam feitos regularmente pelo Estado para não prejudicar o atendimento ao cidadão. Como eu disse, o cidadão bem-acompanhado vai adoecer menos, vai consumir menos remédios, vai viver mais, vai pagar mais impostos, e o Estado todo acaba ganhando. Eu costumo dizer que o gasto com saúde não é gasto, e sim um investimento, porque o que você economiza lá adiante é muito mais do que se gasta.
(Por David Ribeiro Jr.)