Conheça alguns automóveis que começaram a carreira com o pé esquerdo, mas acabaram virando o jogo mais tarde.
Qualquer fã de futebol sabe que ganhar um jogo em que você começa perdendo é sempre mais complicado. Mas há o ditado ‘de virada é mais gostoso’. Em outro ‘campo’, a máxima também vale. Alguns modelos estrearam mal no mercado brasileiro, no entanto, contra algumas apostas, viraram esse ‘jogo’ e hoje têm uma posição respeitável quando não lideram seus respectivos segmentos.
A mais famosa virada, a do Gol, talvez sirva de exemplo para aquelas marcas que estão em baixa em 2015. O hatch, que até o ano passado era o líder por 27 anos seguidos, comeu o pão que o diabo amassou no início da sua vida, no longínquo 1980. Mas a Volks persistiu, soube corrigir os defeitos iniciais e ganhar a partida. Veja a seguir outros casos.
Chevrolet Prisma
Mesmo tendo um bom sedã compacto em sua linha, o Corsa Sedan, a Chevrolet quis lançar uma versão 3 volumes do Celta em 2005. Mas o carrinho não era grande e o Prisma, o tal sedã, se equilibrava entre um porta-malas até avantajado para seu tamanho com um visual pouco inspirado. Resultado: foi coadjuvante por muitos anos até que a marca resolveu batizar a versão sedã do Onix com o mesmo nome. Hoje o ‘novo Prisma’ é um sucesso a ponto de liderar a categoria.
Ford Ka
De estilo controverso e soluções técnicas complicadas, o Ka nasceu em 1997 como um subcompacto diferenciado. Apesar da boa dirigibilidade, o carrinho sofreu com o design que inviabilizava uma versão 4 portas. Mas a Ford, a exemplo da GM, decidiu batizar seu novo compacto para mercados emergentes de Ka e aí foi só alegria, inclusive com 4 portas e versão sedã.
Ford Focus
Outro produto da época do Ka, o Focus substituiu o Escort com um estilo de encher os olhos, mas também causar repulsa em parte do público. Mesmo com virtudes na performance, o Focus amargou uma posição mediana na primeira geração no começo do século. Mas agora, na 3ª geração, é o hatch médio mais vendido do mercado.
Hyundai Santa Fe
Quem se lembra do primeiro Santa Fe? Quase ninguém, afinal ele lembra mais um rascunho do primeiro Tucson. Ainda bem que durou pouco e logo a Hyundai lançou a segunda geração, que virou o jogo no Brasil (e no mundo). A terceira, então, sacramentou a imagem de SUV de luxo do modelo.
Mercedes-Benz Classe A
O Classe A é daquelas viradas de filme. Nasceu mal, com uma minivan compacta e problemas de imagem após o famoso acidente no teste de alce. Chegou a ser feito no Brasil, mas vendeu pouco e quase fez a Mercedes desistir de carros pequenos. A virada veio com uma nova geração na qual o Classe A mudou de traje: virou hatch esportivo e deu vida a uma família que inclui o CLA e o jipinho GLA, este último nacional em 2016, assim como seu antepassado. Mas agora a história será diferente.
Nissan Sentra
Outro carro do qual quase ninguém se lembra quando pisou no Brasil pela primeira vez. Era um sedã horrível que nem mesmo um imenso aerofólio conseguia fazê-lo ser assimilado pelo público. Logo a Nissan mudou o carro por completo e, em 2012, lançou a atual geração que hoje só perde para dupla Civic-Corolla. É muita coisa.
Renault Logan
O Logan foi bolado para as famílias do Leste europeu que viviam a bordo de Ladas e Trabants. Espaçoso, barato e fácil de manter, o Logan só tinha um defeito: era pavoroso. Assim mesmo, a Renault botou o carro para vender em vários mercados, incluindo o Brasil em 2006. Aqui ele chegou mais caro e com um tapinha no visual. Foi pouco e o carro sofreu como segunda ou terceira opção de compra até que a segunda geração apareceu nas concessionárias. Bonitão e ainda imenso, o sedã enfim briga de igual para igual com seus rivais.
Toyota Corolla
Falar do sucesso do Corolla parece uma coisa natural agora, mas sua estreia no Brasil foi bem apagada. Mesmo quando ganhou uma linha de produção nacional, em 1998, o sedã era apenas uma opção para gente de idade – o Vectra mandava no mercado na época. Bastou rejuvenescer o carro em 2002 para tudo mudar. Desde então, o Corolla se reveza com o Civic na preferência dos fãs de sedãs médios. E não é para menos: ele é o carro mais vendido no mundo.
Volkswagen Fox
O Fox surgiu em 2003 como uma ideia original. Por que não lançar um hatch mais alto e com pegada de minivan para atrair um público feminino? Painel minimalista, versão 2 portas no lançamento, motor fraquinho e pronto, o Fox não vendeu quase nada. Mesmo com a versão 4 portas e algumas melhorias ele foi apenas um figurante na Volks até 2009 quando a marca o reestilizou, trocou o painel e reposicionou o carro acima do Gol. Era a pitada de sal que faltava, mas a montadora ainda o deixou mais sofisticado em 2014 e agora o Fox virou seu hatch compacto premium com cara de Golf VII.
Fonte: IG