Por Leandro Brito
O Brasil aos pouco vem se tornando uma nação do impossível. Antes, o regime militar da década de 60 era temido. E isso até há alguns poucos anos. Hoje já existem brasileiros que apoiam a volta da ditadura com sendo o regime mais eficaz para uma democracia igualitária. Vai entender!
A ideia já tem até um rosto próprio: o ex-capitão do Exército Brasileiro, o deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro. Ele é o maior defensor da implantação do regime. Isso se torna bastante evidente durante as suas entrevistas aos principais canais de comunicação do país, e é também o que muitos dos brasileiros acreditam ser o fim da corrupção que assola os níveis da política partidária nacional. E pior, a corrupção há muito tempo vem avançado e ocupando cargos.
Os escândalos envolvendo parlamentares faz com que os eleitores pensem em quem escolher para as próximas eleições. Estamos vivendo um descrédito sem precedentes. Com isso, a população não sabe em quem confiar. Apostar em alguém para nos representar vem se tornando cada vez mais difícil. Quando se fala em um regime de ditadura é preciso fazer algumas reflexões importantes sobre o que foi esse regime no processo político da nação brasileira. É preciso saber principalmente as vantagem e danos causados quando os militares ocuparam a liderança da nação.
Por um outro lado, o eleitor se vê totalmente sem opção de escolha. A história da era presidencialista no Brasil teve início no dia 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a República pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, que pôs término ao período imperial. Esse atual regime também mostra que está fracassado, desfarelado. Já o regime monárquico nem sequer passa pela cabeça do povo.
Hoje o eleitor que deixa de votar faz um protesto. Ele se mostra insatisfeito, descompromissado com as situações sociais, política econômica, o lugar que vive.
O que conhecemos como “Efeito Dominó” afeta aos poucos a realidade municipal. Um outro ponto de descrédito do eleitor quanto aos seus políticos que já estão no governo é a não resolução dos problemas que para os eleitores, e até para os próprios governos, são considerados prioritários. Podemos citar aqui alguns exemplos, tais como Saúde, Educação, Segurança Pública… todos esses parecem não sair da cabeça do povo.
Hoje a visão que o eleitor tem do político é um olhar de individualismo. Com isso, o eleitor cria o seu mecanismo de defesa; entra também na atmosfera dos próprios políticos e começa a fazer o mesmo jogo. O olhar individual, baseado no assistencialismo, acaba desacreditando a política até mesmo para aqueles que recebem algum benefício pelo voto.
De fato, é preciso refletir muito qual decisão tomar. Na verdade, os brasileiros não podem mais cometer erros. Fazer uma escolha bem pensada será fundamental. Mas, antes de tudo, precisamos de uma mudança de comportamento e de mentalidade em nós, os eleitores, se quisermos mudar os eleitos.
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