— Por David Ribeiro Jr. —

Na última quinta-feira (30/11) o deputado federal Fabinho Ramalho, que é o 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, e líder da bancada mineira naquela Casa, anunciou que obteve o compromisso pessoal do presidente Michel Temer de não vetar as novas alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), também conhecida popularmente no Brasil como royalties do minério (leia aqui e aqui)

Qual a importância dessa notícia?

Acredite, ela é muito importante. Em julho, o mesmo deputado Fábio Ramalho havia concedido uma entrevista a mim mesmo, aqui no minasreporter.com afirmando que assim que as novas alíquotas da CFEM fossem aprovadas, o Governo do Estado (leia-se, o governador Fernando Pimentel) poderia se comprometer com as obras do Hospital Regional de Teófilo Otoni, vez que essas novas alíquotas dos royalties do minério garantiriam um aporte de receita no caixa do Estado entre R$ 600 a R$ 900 milhões anualmente (leia aqui)

E agora? A notícia é boa ou não é?

É ótima.

E como se esta notícia, por si só, já não fosse boa, vale lembrar que há alguns dias o deputado estadual Neilando Pimenta, através da sua assessoria parlamentar, anunciou que Neilando havia fechado um acordo com o governador em que Pimentel prometia sancionar, para o orçamento de 2018 do Estado, a soma de R$ 62 milhões para as obras do Hospital Regional. Segundo consta, Pimentel concordou com os termos exigidos por Neilando (leia aqui)

Com ficamos?

Bem… há pelo menos duas frentes parlamentares atuando para a conclusão das obras do Hospital Regional: Fabinho Ramalho, como deputado federal, e Neilando Pimenta, como deputado estadual.

Será que é o bastante?

Aí é que está o xis da questão. Atualmente muito difícil acreditar nos compromissos do governo do Estado para a nossa região. Quando esteve em Teófilo Otoni inaugurando a Escola Estadual de Liberdade, em agosto, o governador Fernando Pimentel se comprometeu a regularizar, para a semana seguinte, os repasses em atraso do transporte escolar. Algumas Prefeituras tinham mais de cinco meses de repasses para receber do Estado. Na semana seguinte o Governo liberou apenas uma parcela.

Para este ano (2017) estavam previstos mais de R$ 30 milhões para investimentos na conclusão das obras do Hospital Regional. O próprio governador se comprometeu com o deputado Neilando Pimenta a liberar pelo menos R$ 2 milhões mensais para as obras. Não liberou um único centavo.

Assim fica difícil.

Fabinho também articulou bastante junto ao Governo para ver essas obras concluídas, mas o governador, apesar das promessas e compromissos, deixou, também, o vice-presidente da Câmara dos Deputados a ver navios.

Para 2018 novamente os deputados se articularam para garantir, cada um ao seu modo, a conclusão das obras. Com base nisto, por mais duro que seja afirmar a seguinte frase, fato é que “a conclusão das obras do Hospital Regional vai depender agora da boa vontade do governador Fernando Pimentel”.

E, como eu sempre digo, quem viver, verá!