O dólar comercial teve a terceira alta seguida nesta segunda-feira (13). A moeda norte-americana subiu 1,74%, cotada a R$ 3,125 na venda.
Na semana passada, o dólar acumulou desvalorização de 1,86% e fechou a sessão de sexta cotado a R$ 3,071.
A sessão desta segunda foi influenciada pela divulgação de dados negativos sobre a economia da China. As exportações do país caíram 15% em março, o que gerou preocupação sobre a desaceleração do crescimento chinês.
Com crescimento menor, existe a expectativa de que o país asiático importe menos, inclusive do Brasil. Se a China importar menos produtos brasileiros, a quantidade de dólar no país diminui. Com menos dólares circulando aqui, o preço tende a aumentar.
Economistas diminuem projeção para inflação
Após aumentarem as previsões para a inflação em 2015 por 14 semanas consecutivas, economistas consultados pelo Banco Central reduziram, nesta segunda, a projeção para o indicador. Agora eles esperam aumento de preços de 8,13% –na semana passada, a projeção era de 8,2%.
Apesar da queda, a estimativa ainda ficou acima do limite máximo da meta do governo. A meta para a inflação é de 4,5% ao ano, com uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos (ou seja, varia de 2,5% a 6,5%).
A previsão para a cotação do dólar no final do ano é de R$3,25, mesmo valor previsto na semana passada.
Atuações do BC brasileiro
O Banco Central realizou mais um leilão para rolar contratos antigos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 4 de maio. Foram vendidos 10,6 mil contratos: 2.200 para 1º de março de 2016 e os outros 8.400 com vencimento em 3 de outubro do ano que vem.
A operação movimentou o equivalente a US$ 509,8 milhões. Até o momento, o BC rolou US$ 4,103 bilhões, ou o equivalente a cerca de 40% do lote total com vencimento em maio, correspondente a US$ 10,115 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Em março, o BC encerrou seu programa de atuações no mercado de câmbio, em que vendia, todo dia, novos contratos de swap com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana. Não há mais negociação de novos contratos desde março.
Fonte: UOL