— Por Leandro Brito
CRISE sobre CRISE. Essa parece ser a dinâmica vivida hoje pela cidade de Teófilo Otoni no meio político. E, como meio político envolve todos os braços da política local, a Administração Municipal, do PT, parece não ser uma exceção a esse modus operandi do CRISE sobre CRISE.
A rampa da Prefeitura mais parece ter se tornado o palanque das lamentações. O prefeito Daniel tem que conviver com todo tipo de problemas. Já foram registradas brigas no ninho (entre o grupo que o ajudou a se eleger), um escândalo envolvendo ciganos cobrando dívida — e, segundo os ciganos, o dinheiro emprestado teria sido usado para ajudar a financiar a última campanha eleitoral.
Como se isso não bastasse, e atrapalhasse o suficiente a imagem pública da Administração, veio um novo problema: estudantes de baixa renda que estudam em escolas públicas da cidade foram notificados que teriam que abandonar as escolas em que estudavam para se transferirem para outra próxima das suas residências (o chamado zoneamento) se quisessem manter à gratuidade do transporte escolar. De fato, existe uma lei que dá à Administração cobertura para tal determinação, mas será que a Prefeitura, com tanta gente “trabalhando”, não poderia ter pensado nisso antes de começar o ano escolar? Sem falar que, numa cidade do porte de Teófilo Otoni, a verdade é que a medida não traria economia real e significativa para o Município, e, por isso, os prefeitos anteriores não a adotaram. Até a atual Administração, ao refletir sobre a suposta economia, percebeu que o desgaste não compensaria. Voltou tudo para como estava antes.
E aí a última das complicações: o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), em Teófilo Otoni, o professor Antônio Jorge, também conhecido como “Super Jorge”, pediu desfiliação do partido depois de deixar claro em redes sociais, e mesmo em alguns veículos de comunicação, que não concordava com os rumos que o partido vinha tomando à frente do Governo do Estado e mesmo na Prefeitura de Teófilo Otoni.
Antônio Jorge, que se filiou ao PT em 2011, agora se afasta da legenda criticando o que chama de “uma sucessão de erros”.
Afinal, o que vem ocorrendo com a política da nossa cidade? Onde está o chamado “NOVO” que agora comete as mesmas ações e erros que tanto criticava? Como vai ficar a esperança da população quando sua última esperança se mostra tal e qual as razões pelas quais precisava de esperança?
Assim, dificilmente o show conseguirá continuar.
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