— Por Carlos Liesner
Horácio, pensador latino, cunhou a expressão “parturient montes, nascetur mus” — “a montanha pariu um rato”. O pensamento aplica-se àquilo que é produzido para impactar e, no resultado, se apresenta pífio diante da expectativa gerada.
Esse pode ser o roteiro do atentado à caravana do ex-presidente Lula. Perto do fim da sua caminhada Brasil afora, já apelidada de “Águas de março”, numa referência à música de Tom Jobim, que no refrão diz “é pau, é pedra, é o fim do caminho”. Associando o período e a repulsa popular, o sucesso da MPB encaixa como uma luva na fracassada tentativa do ex-presidente de percorrer o País, fazendo campanha e afrontando o Judiciário após a sua condenação.
Para fechar, o PT produziu um comício querendo trombetear um suposto atentado que ninguém viu, artifício bem antigo, conhecido e próprio das campanhas políticas do interior, onde um grupo quer se vitimizar, culpando o adversário! Resultado: O “atentado” pariu um rato!