‘Fiquei espantado’, diz menino que gravou chuva de aranhas no Sul de Minas

‘Fiquei espantado’, diz menino que gravou chuva de aranhas no Sul de Minas

Fenômeno natural em Espírito Santo do Dourado repercutiu pelo estado. Vídeo mostra várias aranhas caindo em zona rural

Publicado por Cecilia Juninho Fonseca em Sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

O menino de 13 anos, que filmou a “chuva de aranhas” em Espírito Santo do Dourado, no Sul de Minas, disse que ficou espantado com a quantidade de aracnídeos que encontrou no caminho do sítio dos avós. No vídeo registrado por João Pedro Martinelli Fonseca, é possível ver várias aranhas suspensas em uma teia gigante sobre as árvores.

O adolescente estava com os avós e a irmã mais nova dentro do carro, quando ele avisou “um monte de pontinhos pretos no céu” e pediu para chegar mais perto. “Fiquei muito espantado e assustado, mas peguei meu celular e gravei”, conta o menino, que não gosta muito de aranhas. Ele contou ainda que estava com a janela do carro aberta, quando uma aranha caiu bem próximo dele. Com medo, ele fechou o vidro e gravou as imagens.

Ele ainda teria ficado surpreso pela repercussão do vídeo. “Enviei o vídeo pra minha mãe, ela postou no Facebook e repercutiu bastante, nunca imaginei. Tinha um monte de gente compartilhando”, disse João Pedro.  

O pai do menino contou que a família nunca tinha visto o fenômeno antes. Segundo ele, a quantidade de aranhas era maior do que o vídeo mostra. Para ele, o cenário era assustador, principalmente porque as aranhas eram grandes.

Explicação

Foto: Reprodução/Facebook

Para esclarecer o fenômeno, a bióloga Luana Silveira da Rocha Nowicki Varela, do Serviço de Proteômica e Aracnídeos da Fundação Ezequiel Dias (Funed), explicou que a “chuva de aranhas” é bastante comum nessa época do ano, quando há um aumento da temperatura e umidade.

De acordo com ela, as aranhas fazem suas teias em cima de árvores, bordas de mata e arbustos. Durante o dia, elas recolhem a teia, mas ficam agrupadas no ninho. Já a partir do final da tarde, elas aparecem e armam suas finas teias, que podem se estender por longas distâncias. O fenômeno, geralmente, ocorre no cerrado e nas matas.

Precauções

Luciana Varela alerta para os cuidados que se deve tomar ao se deparar com o fenômeno. “As pessoas devem apenas apreciar a  chuva; não matar ou atear fogo nelas. No entanto, apesar do susto, não há motivo para preocupação, já que o veneno não é considerado de importância média e não há registros de intoxicação humana por causa do veneno dessas aranhas”, conclui.

(Fonte: Déborah Lima – Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie – Estado de Minas)



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