— Por David Ribeiro Jr. —
Nesta semana eu vi e ouvi alguns boatos muito maldosos sobre a permanência da educadora Maria Helena Costa Salim à frente da diretoria da Superintendência Regional de Ensino sediada em Teófilo Otoni, a 37ª SRE. Houve até quem me mandasse e-mail e mensagens de whatsapp perguntando se eu ia deixar barato, se eu não ia criticar esse despropósito… como se isso fosse o fim do mundo… e como se uma crítica minha fizesse alguma diferença neste sentido.
Sinceramente, não sei se me sinto lisonjeado ou ultrajado com essas pessoas que tentam nos usar para os seus interesses político-partidários.
Pois é… ocorre que eu, em minha simplicidade apartidária, penso que o governador fez a coisa certa, e muito certa, por sinal. Nos últimos anos a Educação em Minas não apenas caiu… ela tombou, despencou mesmo; mas não por culpa do corpo técnico da Pasta, e sim por causa das desastrosas políticas públicas do governador Fernando Pimentel — que já foi tarde.
A Educação é uma das áreas que mais merece atenção do novo governador de Minas e, por isso mesmo, é muito melhor permitir que haja continuidade no trabalho das superintendentes que vinham trabalhando com eficiência à frente das suas respectivas funções, como é o caso de Maria Helena Costa Salim.
Eu sei que, a essa altura, alguém pode questionar o seguinte: “Mas Maria Helena é do PT, o partido do ex-governador Pimentel, que é o maior responsável por essa bagunça em que o Estado foi jogado”.
De novo eu preciso lembrar, em minha simplicidade APARTIDÁRIA, que o fato de Maria Helena ser do PT (e, por sinal, presidente do PT em Teófilo Otoni) não a torna responsável por todos os desmandos e erros do partido em nível estadual — muito menos responsável pelos erros de Fernando Pimentel à frente da Educação em Minas. Ao contrário, eu acredito que ela, Maria Helena, tenha exercido a sua função de forma extremamente técnica e, volto a dizer, em minha humilde opinião apartidária, entendo que ela tem condições de continuar no cargo e fazer, sim, um bom trabalho, que sempre foi marca registrada da sua atuação enquanto ali esteve.
E, antes que alguém pense, ou especule, o contrário, Maria Helena não sabia da minha intenção de escrever este artigo. Estou escrevendo estas linhas por minha conta e risco. Eu não sou amigo dela nem ela é minha amiga. Nunca frequentei a sua casa nem ela a minha. Aliás, nunca nos relacionamos fora do ambiente público. No aspecto político, temos ideias bastante divergentes. Eu sei disso, e ela também. Mas, como duas pessoas civilizadas, sempre coexistimos respeitosamente.
Como sindicalista, como secretária municipal em duas administrações, e mais recentemente como diretora da Superintendência de Ensino, Maria Helena sempre se mostrou uma pessoa bastante técnica, e, ao que me consta: para ocupar a função, a principal característica da pessoa interessada na vaga é isso mesmo: ser capaz de trabalhar tecnicamente.
Agora a parte em que vou levar pedrada: Maria Helena é um dos nomes do PT que mais consegue agir de forma técnica em nossa cidade e região. Que fique claro: não estou dizendo que ela é a única pessoa com perfil técnico no PT. Em nível local e regional eu citaria pelo menos outra meia dúzia de pessoas. O que estou dizendo aqui é que ela é uma das que mais se destaca pela tecnicidade com que exerce as suas funções. Podemos, você e eu, não concordar com as suas escolhas políticas, mas duvida que uma pessoa honesta intelectualmente seja capaz de lançar qualquer tipo de sombra sobre a sua carreira tão bem consolidada. E, sem querer me delongar mais, insisto que o governador Romeu Zema fez, sim, a coisa certa em mantê-la à frente da Superintendência.
De acordo com o que tem se espalhado por aí, o Governo tem à sua disposição uma empresa que tem avaliado currículos de pessoas para serem posteriormente indicadas para as diretorias das superintendências regionais de Ensino. Consta que a própria secretária de Estado de Educação, Júlia Figueiredo Sant’Anna, foi escolhida assim. Tenho certeza de que Maria Helena, caso queira se manter no cargo, tem as credenciais para isso.
Com a palavra, o governador Romeu Zema.
E, como eu sempre digo: Quem viver, verá!
