— Por Agência Minas
A secretária de Estado de Impacto Social, Elizabeth Jucá, anunciou nesta semana a antecipação do pagamento do Bolsa Família aos beneficiários do programa que vivem no município de Brumadinho, na Grande BH, onde na última sexta-feira (25/1) ocorreu o rompimento da barragem da Mina do Feijão, matando dezenas de pessoas e deixando outras centenas desaparecidas.
A antecipação do benefício foi umas das estratégias de atendimento às famílias das vítimas da tragédia, traçadas em reunião da secretária com o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e com representantes da prefeitura no município mineiro. Nos próximos dias deve ser anunciada também a antecipação do pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Atualmente, em Brumadinho, são cerca de 1.506 famílias inscritas no programa Bolsa Família. Os pagamentos têm início sempre em meados de cada mês. Em fevereiro, por exemplo, começaria no dia 15 e se estenderia até o dia 28, dependendo da inscrição no Número de Identificação Social (NIS). Com a medida, os beneficiários poderão sacar o dinheiro a que têm direito sem precisar seguir o calendário definido pelo Ministério.
“O Estado está atuando aqui (em Brumadinho) de maneira ativa e executando o seu papel como indutor de políticas públicas. O que nós fizemos foi estruturar uma articulação entre o Bolsa Família, ou seja, o Governo Federal com o Município, para que esse benefício pudesse ser repassado para essas famílias que estão em situação de emergência e calamidade. Isso demonstra a efetivação de políticas públicas eficientes, onde a atuação tripartite acontece, de maneira articulada, ágil e focada em quem mais precisa, que é o cidadão”, disse Janaína Reis do Nascimento, subsecretária de Assistência Social da Secretaria de Impacto Social.
Desde a última sexta-feira, após o rompimento da barragem, técnicos da Secretaria de Estado de Impacto Social, que reúne as áreas de direitos humanos, assistência social, trabalho e esportes, têm intensificado as ações de busca ativa, principalmente nas comunidades de Casa Branca, Córrego do Feijão, Parque da Cachoeira e em hotéis onde se encontram pessoas desalojadas, como forma de levantar as necessidades urgentes dessa população e oferecer maior assistência possível às famílias das vítimas da tragédia.
Em parceria com a Defensoria Pública, Ministério Público e Movimento dos Atingidos por Barragem, técnicos da assistência social da Secretaria de Impacto Social elaboraram o formulário para o cadastramento das famílias. A equipe da secretaria, composta por psicólogos e assistentes sociais, está dando toda assistência às famílias que perderam seus parentes. Ao todo, já foram cadastradas 123 famílias (352 pessoas), o que possibilitará posteriormente traçar também um perfil dos atingidos pelo rompimento da barragem para futuras ações de proteção social.