Indígenas voltam a protestar e interditam rodovias no Leste de Minas

Indígenas voltam a protestar e interditam rodovias no Leste de Minas

Protesto contra municipalização dos serviços de saúde a indígenas começou por volta das 7h30 na BR-116 e entroncamento da BR-259

Motorista tentou furar bloqueio na BR-116 — Foto: Cristiano Dias/ Inter TV

Indígenas protestam na BR-116 e entroncamento da BR-259, em Governador Valadares, na manhã desta quinta-feira (28). Esse é o segundo dia consecutivo de protestos e eles interditaram a rodovia por volta das 7h30. A pista é liberada pelos manifestantes por curtos intervalos, de 15 a 20 minutos, e depois novamente fechada. O ato é contra a proposta do Governo Federal, que visa a municipalização dos serviços de saúde a indígenas.

Um motorista que tentou furar o bloqueio por volta das 9h foi agredido pelos manifestantes. Segundo testemunhas, o protesto acontecia de forma passiva quando o condutor acelerou e tentou passar. Ele parou o carro após perder o controle e bater em uma mureta e foi agredido pelos índios. Ainda de acordo com testemunhas, o homem teve ferimentos leves e foi encaminhado ao hospital por terceiros.

Nessa quarta-feira (27), o protesto começou por volta das 9h, e a rodovia só foi liberada no fim da tarde. Foram usados pneus, troncos de árvores e faixas para realizar o bloqueio. No primeiro dia de protesto, ao menos cinco etnias indígenas distintas estiveram presentes: os Maxacalis, de Teófilo Otoni; Krenak, de Resplendor; Pataxó, de Açucena; Kaxixó, de Martinho Campos e Tupiniquim, do Espírito Santo.

O que diz o Ministério da Saúde

Sobre possíveis mudanças na Sesai, o Ministério da Saúde afirmou na quarta-feira por meio de nota que ainda estão sendo objeto de análise, e que não está prevista uma descontinuidade de ações da secretaria.

“O Ministério tem se pautado pela garantia da continuidade das ações básicas de saúde, a melhoria dos processos de trabalho para aprimorar o atendimento diferenciado à população indígena, sempre considerando as complexidades culturais e epidemiológicas, a organização territorial e social, bem como as práticas tradicionais e medicinais alternativas a medicina ocidental”, diz a nota.

(Fonte: G1 Vales de Minas)



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