Dezenas de moradores do Bairro Primeiro de Maio, na Região Norte de Belo Horizonte, protestam nesta segunda-feira (8/2) nas proximidades da Estação São Gabriel, na mesma região. Revoltados, eles pedem que a prefeitura tome providências para acabar com os constantes alagamentos na região.
O temporal desse domingo (7/2) inundou casas, arrastou móveis e causou muitos prejuízos em diversas residências do Primeiro de Maio. A Polícia Militar está no local munida de bombas de efeito moral. A corporação tenta convencer o grupo a liberar a liberar o trânsito, bloqueado com colchões, sofás, pedaços de madeira e mobília quebrada.
Em função do protesto, o trânsito na Avenida Cristiano Machado ficou totalmente congestionado no sentido Centro/Bairro.
“Chama o Kalil”
Um dos maifestantes é Walisson Paiva. O atendente relata que passou a noite tentando escapar da enchente e socorrendo vizinhos. “Ficamos submersos. Morreu idoso, morreu criança. Varamos a noite aqui tirando gente de esombros. Cadê a prefeitura? Não vai fazer nada? Chama o Kalil”, grita o morador.
Lizilene Rieger, que mora a poucas quadras da Estação São Gabriel, diz que a enchente desse domingo levou seu eletrodomésticos e móveis.
“Cama, colchão, televisão. Tudo o que você pensar que tem dentro de uma casa, a água levou. Até as coisas que estavam dentro da geladeira. Não tenho onde dormir, não tenho cama, não sobrou nada”, queixa-se a ambulante.
O comércio da região também acumula perdas. Sandro Amaro, gerente de um hortifruti situado às margens da Via 240, diz que a enxurrada deixou gôndolas de até um metro de altura submersas. Até o momento ele calcula 30 quilos de alimentos perdidos. Ele credita o alagamento a obras em andamento na Estação São Gabriel.
“É barro, é entulho pra todo lado. Com a obra, esse pedaço aqui virou um caldeirão”, afirma o comerciante.
Moradores atingidos pela chuva no Bairro Primeiro de Maio protestam e fecham via em BH: 'não tenho onde dormir'https://t.co/Zuwerzt5D5 pic.twitter.com/lc9zrZx6wM
— Estado de Minas (@em_com) February 8, 2021
(Fonte: Cecília Emiliana – Estado de Minas)