Os pequenos negócios seguem mais confiantes na recuperação de suas atividades nos próximos meses, conforme mostra a pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (ISCON) de junho. No mês passado, o ISCON ficou em 115 pontos, sete acima do de maio. É o maior valor registrado até o momento, desde o início da série histórica do indicador, em novembro do ano passado. A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 21 de junho, com 1.029 empreendedores. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.
A maior confiança registrada em junho é resultado, principalmente, da melhor avaliação dos empresários em relação aos últimos três meses. O Índice de Situação Recente (ISR) aumentou 14 pontos em relação a maio (de 65 para 78). Já o Índice de Situação Esperada (ISE) subiu quatro pontos (de 129 para 133). O ISR e o ISE são subíndices do ISCON, mas o segundo tem peso duas vezes maior na composição do índice.
A elevação no ISR em junho indica que os empreendedores avaliaram a piora nos últimos três meses como menos acentuada. Já o aumento no ISE demonstra uma expectativa mais positiva para o próximo trimestre. “O ISCON havia sofrido uma forte queda em março e outra queda menor em abril, meses em que houve mais restrições na economia brasileira, por conta do recrudescimento da pandemia”, lembra Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae Minas.
Segundo ele, o avanço da vacinação, a liberação de funcionamento dos estabelecimentos, além da sinalização, no início de junho, de que o pagamento do Auxílio Emergencial seria prorrogado por mais três meses, sendo pago até outubro, foram alguns fatores que contribuíram para o aumento da confiança dos empreendedores.
“Também houve o relançamento do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) no início de junho, e agora de forma permanente, após sanção da lei aprovada pelo Congresso Nacional”, acrescenta Rocha. O Pronampe facilita o acesso ao crédito pelos pequenos negócios e havia ficado suspenso por um tempo.
Confiança dos setores econômicos
A Construção Civil atingiu o segundo maior valor do ISCON do ano em junho (123), atrás somente do obtido em fevereiro (126). A confiança da Indústria e dos Serviços apresentou o maior valor no ano em junho (116). “O setor de Serviços está apresentando uma visível recuperação da confiança desde maio depois de, por vários meses, ter sido um dos com menor ISCON, junto ao Comércio”, comenta Rocha.
Já a confiança do Comércio registrou em junho o segundo maior valor no ano até o momento (111), atrás somente do atingido em fevereiro (112), que foi muito próximo.
Quem está mais confiante
As empresas de pequeno porte (EPP) seguem mais confiantes, com ISCON de 125 pontos em junho. As microempresas (ME) registraram 116 pontos e os microempreendedores individuais (MEI) atingiram 111.
O ISCON que mais cresceu em junho, contudo, foi o dos MEI (10 pontos), seguido pelas EPP (8 pontos) e as ME (2 pontos).