Dois são presos em ação contra sonegação de impostos em Valadares

Dois são presos em ação contra sonegação de impostos em Valadares

Operação da Polícia Federal cumpriu 17 mandados nesta quinta-feira (2). Indústria investigada sonegou o valor estimado de R$ 200 milhões, diz PF.

A Polícia Federal de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, cumpriu nesta quinta-feira (2) dois mandados de prisão temporária e três de condução coercitiva. A ação faz parte da Operação Polo Negativa deflagrada pela Receita Federal, PF e Ministério Público com o objetivo de combater a sonegação de impostos e crimes contra a ordem tributária. Dez mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em Bauru (SP) na mesma operação.

A polícia cumpriu 17 mandados de busca e apreensão na sede de uma empresa do setor industrial e em residências dos sócios, abrangendo não só Valadares e Bauru, mas também as cidades de Cuiabá (MT) e Piracicaba (SP). Atuaram na operação, 34 servidores da Receita Federal e 102 policiais federais.

De acordo com as investigações, que já dura dois anos, a Receita Federal encontrou indícios de fraudes tributárias na empresa, que é suspeita de distribuir seus produtos no mercado com nota fiscal reutilizada ou subfaturada.  “A indústria, sediada em Valadares e em Bauru, por meio de um esquema de omissão de receitas, sonegou tributos no valor estimado de R$ 200 milhões”, explica o delegado da Polícia Federal, Cristiano Campidelli.

Segundo a PF, um dos sócios da empresa e o funcionário que foram detidos devem permanecer presos por cinco dias. As outras três pessoas conduzidas estão sendo ouvidas na sede da Polícia Federal em Governador Valadares e serão liberadas.

Ainda de acordo com a PF, há indícios de que o esquema funcionasse desta forma há vários anos. “Essa é uma prática conhecida pelos órgãos federais. Entretanto, neste caso específico, analisamos a contabilidade da empresa nos últimos cinco anos. Se a fraude acontecia antes, já prescreveu e nesse caso fica o prejuízo para os cofres públicos”, afirma Antônio Carlos Nader, delegado da Receita Federal.

Entenda o esquema
As investigações apontaram que as fraudes aconteciam de três maneiras diferentes. Segundo o delegado da Polícia Federal, as notas fiscais eram reutilizadas, caso não houvesse fiscalização no transporte da mercadoria e alguns produtos eram vendidos com uma nota fiscal com valor menor.

“A terceira forma era o aproveitamento da sucata, que possui valor econômico, era lançado na contabilidade com um valor zerado e em seguida abatido da mercadoria para a venda final o que gerava uma dupla sonegação”, esclarece.

Fonte: G1 Vales de Minas



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