Especialistas belgas identificam origem celular de câncer de mama

Especialistas belgas identificam origem celular de câncer de mama

Por Mary Ribeiro 

Especialistas belgas identificam origem celular de câncer de mama
Especialistas belgas identificam origem celular de câncer de mama

Pesquisadores da Universidade Livre de Bruxelas (ULB) conseguiram identificar a origem celular dos tumores induzidos pela mutação do gene PIK3CA, que costuma causar câncer de mama, informou nesta quinta-feira esta instituição.

“Identificar a origem celular do câncer de mama é compreender como evolui a doença para poder desenvolver tratamentos personalizados ao tumor de cada paciente”, explicou o professor que comanda a pesquisa, Cédric Blanpain.

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e pode ser classificado de acordo com suas características historiológicas e moleculares em diferentes subtipos, incluindo o luminal, o ErbB2 e os tumores de tipo basal.

PIK3CA e p53 são os dois genes mutados mais frequentemente no câncer de mama em humanos e se associam com diferentes subtipos moleculares.

O estudo realizado na ULB conseguiu revelar a origem celular dos tumores de mama provocados por mutações do gene PIK3CA.

Além disso, demonstrou que a célula cancerígena de origem controla a heterogeneidade do tumor e produz diferentes tipos de tumores.

Ou seja, se provou que, dependendo da célula de origem, as mutações em PIK3CA e p53 produzem diferentes tipos de tumores.

“Ficamos muito surpresos quando descobrimos que a mutação do gene PIK3CA nas células basais conduz ao desenvolvimento de tumores luminais, enquanto esta mesma mutação nas células luminais leva a tumores mais agressivos, incluindo os de tipo basal”, explicou Alexandra Van Keymeulen, uma das pesquisadoras.

Mediante a análise dos passos que precedem a formação do tumor, os pesquisadores belgas descobriram, através da caracterização molecular, que as células se submetem a profundas reprogramações.

“Estas novas descobertas não só demonstram a importância da célula originária da doença no controle da heterogeneidade do câncer de mama, mas também mostram que o padrão de expressão genética descoberta nos primeiros estágios do tumor indica o tipo que o paciente poderá desenvolver”, ressaltou Blanpain.

Os pesquisadores esperam agora poder provar que é possível, utilizando remédios já identificados, bloquear a mutação do PIK3CA.

Também esperam poder desenvolver ferramentas que permitam detectar facilmente, possivelmente através de uma análise de sangue, estas mutações.

Fonte: Uol



Deixe seu comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.