Protestos contra corrupção aconteceram em Ipatinga, Fabriciano e Timóteo. Participantes pediam o impeachment da presidente Dilma
Por Patrícia Belo | Do G1 Vales de Minas Gerais
Manifestantes de Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo, as três principais cidade do Vale do Aço, foram para as ruas na manhã de domingo (16/08) para protestar contra a corrupção e pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). As concentrações começaram por volta das 9 da manhã e se estenderam até por volta das 14h.
O protesto foi organizado nas redes sociais por movimentos como “Vem pra Rua”, “Brasil Livre” e “União Contra a Corrupção”. Esta é a terceira manifestação ocorrida somente este ano em todo o Brasil. Os protestos ocorreram de forma pacífica.
Objetos e utensílios como cartazes com frases de insatisfação, roupas verdes e amarelas, além de nariz de palhaço, aventais e vassouras foram utilizadas por manifestantes durante o ato.
Coronel Fabriciano
Gil Costa, organizadora do evento em Coronel Fabriciano, diz que cerca de 300 manifestantes participaram, já a PM contabilizou 80 pessoas.
A organização trouxe um ator caracterizado de Dilma Rousseff. O personagem foi colocado em uma Praça no Centro da cidade, e os manifestantes contracenaram com a “presidente”, pedindo a renúncia da mandatária da nação.
“Neste ato, além da corrupção, viemos relembrar também todas as pérolas ditas pela presidente neste ano. Trouxemos a mandioca, uma vez que ela nos envergonhou saudando a raiz. Tem também um educador para falar para a presidente que Roraima não é uma capital, e um professor de matemática para ensiná-la a contar” diz Gil.
Participando pela terceira vez do protesto, a cuidadora de idosos Islaine da Conceição dos Santos conta que votou em Dilma nas últimas eleições, porém, está indignada com tudo que está ocorrendo. A manifestante disse que saiu para as ruas em busca de um futuro melhor para o filho, que tem apenas quatro anos. “Temo pelo meu filho, que ainda é novo. Se as coisas continuarem do jeito que estão ele vai sofrer muito. Além da roubalheira, estamos com problemas na Saúde e Educação. Não adianta só reclamar, é preciso sair da zona de conforto e manifestar. Creio que somente assim nós podemos forçar a presidente a renunciar do cargo”, disse.
Ipatinga
A manifestação em Ipatinga ocorreu na tradicional feira do bairro Canaã. Segundo o organizador do evento, Everton Campos, estiveram presentes 1500 manifestantes. O capitão Clebson Fernandes, da Polícia Militar, estimou 300 participantes, mas, anteriormente, a própria Polícia havia informado o número de dois mil participantes.
Durante o ato alguns dos moradores da cidade foram até o trio, que estava disponível no evento, para reclamar do Partido dos Trabalhadores em todas as esferas do País. Eles pediam o fim da corrupção e a saída da prefeita Cecília Ferramenta, do governador Fernando Pimentel e também da presidente Dilma.
A advogada Vanessa Ferrari participou do evento e esteve em outros protestos ocorridos neste ano. Indignada, a manifestante fala que o povo não pode pagar a conta de um governo corrupto. “Eles já mostraram que não sabem administrar. Deveriam ter a dignidade e hombridade de sair e permitir que outras pessoas mais capacitadas governem este País. Hoje nenhum setor do Brasil funciona. Estamos com problemas em empresas públicas, privadas, desemprego batendo o recorde, e o povo está sem dinheiro. Onde vamos parar?”, ressalta a advogada.
Timóteo
Em Timóteo, na Praça 1ª de Maio, as vassouras foram os instrumentos utilizados pelos manifestantes para protestar. A mensagem era para varrer a corrupção do País. Para a PM, 180 pessoas estavam presentes durante o protesto. A organizadora do evento, Conceição Dutra Reis, contabilizou 600. “Nosso objetivo é mostrar para os políticos que nós brasileiros cansamos de corrupção e escândalos. Primeiro foi mensalão, mensalinho, Lava-jato, Petrolão, qual será o próximo? Na verdade, não pode haver um próximo. Precisamos dar um basta nisso tudo e varrer a podridão do Congresso Nacional e do Partido dos Trabalhadores”, explicou.
A aposentada Shirley Santiago disse que este é o terceiro protesto que ela participa, além dos panelaços. “Somos mulheres como a presidente, e queremos mostrar para ela a nossa força. Não está legal desta maneira; é preciso mudar. Somente nossa atitude pode fazer a diferença”, diz.
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