Deputados somem durante a crise da saúde em Teófilo Otoni

Deputados somem durante a crise da saúde em Teófilo Otoni

Leandro Brito 01

Por LEANDRO BRITO

Quantos são os deputados que representam Teófilo Otoni?

E sabe por que pergunto isto? Simples: já há muito tempo que se vê uma crise estampada no sistema de saúde de Teófilo Otoni. E o pior: essa hemorragia parece que não consegue ser estancada. O mais estranho de tudo é que o sangue que deveria sair de uma vez na verdade tortura o sistema de saúde em um pinga-pinga que acaba não resolvendo nada. E pior: esse paciente chamado Hospital Santa Rosália que já está internado ainda não recebeu as visitas e nem sequer tem no quarto os acompanhantes. Permitam-me aqui dar os nomes de deputados, eles mesmos, que deveriam acompanhar os últimos suspiros, mas que ainda não chegaram com seus helicópteros.

Sabe aquele ditado popular que diz que “em casa de ferreiro, espeto de pau”? Pois é. Um desses acompanhantes é parlamentar e médico e nem sequer mediu a pressão arterial do paciente que, pelo andar da carruagem, pode ir a óbito em um futuro próximo. Aí vai ter gente para fazer estatística para o Instituto Médico Legal.

Vamos ser mais diretos. O que de fato ocorreu com o Santa Rosália?

Na verdade, será necessária uma investigação para saber se o hospital foi assassinado mesmo ou se foi um crime passional… se é que vocês me entendem.

O ano de 2016 será diferente, com toda certeza. Quem sabe os nossos parlamentares não resolvam dar mais as caras! Alguns, muito provavelmente, usarão a morte como tragédia para adquirir alguns votos, principalmente com o discurso do Hospital Regional. O discurso certamente será apresentado como tema de um sistema novo, prédio novo e mais amplo, tudo diferente de antes.

Já o outro nem posso imaginar o que vai dizer. Deveria ter a solução. É médico, conhece todos os trâmites da saúde pública, mas em momento algum se posicionou ou sequer se manifestou.

Será que esse Hospital Regional vai mesmo salvar a saúde pública da cidade? Com a constante paralisação das obras fica até difícil acreditar que haverá uma esperança de uma saúde plena. A realidade é que parte dos funcionários está em greve por falta de pagamentos. Os médicos há sete meses que não recebem os plantões e nem mesmo os salários-base. Setores do Santa Rosália correm o risco de serem desativados. E eles, os nossos parlamentares, que representam a cidade, ou que em tese deveriam representar a cidade, ainda não apareceram para sequer tentar uma solução.

E o nosso paciente, que acaba de receber uma injeção de adrenalina, volta a ficar solitário e sem previsão de um tratamento que o cure ao invés de apenas alongar a sua vida de doente.

Tenha dó!

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