As ações serão lançadas na próxima semana no encontro do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus.
Os esforços para combater os focos do mosquito Aedes aegypti, que vem espalhando a dengue, a zika e a chikungunya por Minas Gerais, serão ampliados no Estado. Uma operação será deflagrada na quinta-feira da próxima semana, quando o Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento as doenças vai se reunir, para eliminar os focos dos insetos dentro das residências. Minas Gerais registrou até 5 de fevereiro, data do último balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), 47.261 casos prováveis de dengue, que envolvem confirmações e suspeitas da doença. O número é mais de três vezes maior que o registrado nos dois primeiros meses do ano passado, quando Minas teve 14.460 notificações.
“No dia 24, o comitê gestor que criamos para enfrentar a doença, reunindo os organismos do estado e as prefeituras, vai fazer uma grande reunião com os secretários de saúde dos municípios e os prefeitos e deflagrar uma operação para visitar todas as residências do estado e ajudar os moradores a combater o mosquito”, explicou o governador Fernando Pimentel (PT).
A intenção das autoridades é alertar a população para combater os focos do mosquito. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) indicam que mais de 80% dos focos estão dentro dos domicílios. “O mosquito prolifera na casa da gente, então é uma guerra doméstica que temos que enfrentar nos quintais de nossas casas, nos pátios das escolas, nos meios onde ele se proliferam, principalmente onde tem água parada. Enfim todos sabem o que é necessário fazer para debelar e vencer essa batalha. Nós juntos vamos vencê-lo. Esse é o desafio que está posto”, completou o governador.
Como o Estado de Minas mostrou na última sexta-feira, uma em cada oito cidades em Minas Gerais apresentou em janeiro quadro compatível com epidemia de dengue, de acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo levantamento feito pela reportagem e do Departamento de Estatística do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 12% dos municípios – 104 no total – registraram taxa de incidência superior a 300 casos em uma população projetada de 100 mil habitantes. Classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que lugares com mais de 300 doentes por 100 mil moradores são tidos como em situação epidêmica.
Fonte: Estado de Minas