‘Lava Jato’ deflagra primeira operação internacional e prende operador de propinas

‘Lava Jato’ deflagra primeira operação internacional e prende operador de propinas

Renato de Souza Duque (foto) é um dos ex-diretores da Petrobras que teria recebido propina de Raul Schmidt Felipe Junior -  Agência Brasil
Renato de Souza Duque (foto) é um dos ex-diretores da Petrobras que teria recebido propina de Raul Schmidt Felipe Junior –
Agência Brasil

A Operação “Lava Jato” deflagrou na madrugada desta segunda-feira (21) sua primeira fase internacional em Lisboa, Portugal. A 25ª fase cumpre mandados de busca e apreensão e prisão preventiva de Raul Schmidt Felipe Junior.

Segundo a Procuradoria, Raul Schmidt Felipe Junior é investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque (Serviços), Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada (ambos da área Internacional). Os três estão presos em Curitiba, base da “Lava Jato”, pela participação no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa instalado na Petrobras.

Em nota, o Ministério Público Federal informou que Raul Schmidt Felipe Junior estava foragido desde julho de 2015, quando foi expedida a ordem de prisão. Seu nome havia sido incluído no alerta de difusão da Interpol em outubro do ano passado.

“Além de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas aos agentes públicos da Petrobrás, ele também aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobrás”, diz a nota.

A deflagração da operação foi um trabalho conjunto entre Portugal e Brasil. De acordo com a Procuradoria, o cumprimento das medidas foi feito pela polícia judiciária portuguesa e pelo Ministério Público português. Autoridades brasileiras do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) acompanharam as diligências. Cumpridas as medidas cautelares, o Brasil dará início ao processo de extradição.

“Raul Schmidt é brasileiro e também possui nacionalidade portuguesa. O investigado vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e se mudou para Portugal após o início da operação ‘Lava Jato’, em virtude da dupla nacionalidade”, informou o Ministério Público Federal.

(Estadão Conteúdo)



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