Começou hoje (4) a imunização contra a gripe H1N1 dos profissionais de saúde que trabalham em hospitais da Região Metropolitana de São Paulo. A ação faz parte da primeira etapa da antecipação da vacinação no estado. Deverão ser distribuídas nessa etapa 532,4 mil doses da vacina.
A vacinação será estendida para os grupos prioritários a partir do dia 11 de abril. Serão imunizadas crianças entre seis meses e cinco anos de idade, gestantes e idosos da capital e demais municípios da Grande São Paulo. A expectativa é atingir mais de 3 milhões de pessoas nessa segunda etapa.
Segundo a diretora técnica de imunização da Secretaria Estadual de Saúde, Helena Sato, a antecipação da vacinação ocorreu porque o vírus começou a circular mais cedo do que o previsto neste ano. “Normalmente, a gente espera que o vírus circule no inverno, mas ele se antecipou para o final do verão”, ressaltou durante o lançamento da campanha.
A Região Metropolitana de São Paulo foi escolhida, acordo com Sato, por concentrar o maior número de casos de gripe H1N1 registrados até o momento no estado. Os profissionais de saúde foram priorizados por lidarem diretamente com pessoas infectadas. “O grande objetivo é proteger os profissionais de saúde que já estão na linha de frente de atendimento a essas pessoas”.
Síndrome
Foram notificados, até o dia 29 de março, 465 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), sendo que 59 resultaram em morte. Desse total, 372 dos casos e 55 das mortes estão relacionadas ao vírus H1N1.
Além da H1N1, a vacina que está sendo aplicada protege contra H3N2 e a gripe tipo B. No restante do estado, a vacinação seguirá o calendário do Ministério da Saúde, com início em 30 de abril. “A proposta não é vacinar a população inteira, mas os grupos prioritários. Porque já é sabido que esses grupos, uma vez infectados pelo vírus, têm maior risco de evoluírem com complicações, como pneumonia”, enfatizou a diretora de imunização.
Sato destacou ainda que existem doses suficientes para imunizar os públicos-alvo da campanha. “Não há necessidade de correria, temos vacinas para todos os grupos prioritários”, ressaltou. Nos últimos dias, tem havido uma grande procura pela vacina em clínicas particulares. Em alguns locais, a fila de espera chega a cinco horas.
O secretário estadual de Saúde, David Uip, lembrou que – na maior parte dos casos – a gripe causada pelo H1N1 não evolui para quadros mais complexos. “A grande maioria das pessoas que têm o vírus, depois de dois ou três dias, limita a ação desse vírus e se curam. Em mais de 96% das vezes elas resolvem esse problema na própria casa.”, disse.
(Agência Brasil)