Três partidos são cortejados pelo governo para barrar impeachment

Três partidos são cortejados pelo governo para barrar impeachment

PP,PR e PSD fazem parte do espectro que o governo vislumbra para firmar um governo de coalizão, depois do desembarque do PMDB. Mas tudo isso depende do voto dos partidários desses partidos para enterra o impeachment.

Governo da presidente Dilma Rousseff costura acordo com três partidos para obter apoio na Câmara (Foto: Andressa Anholete/AFP)
Governo da presidente Dilma Rousseff costura acordo com três partidos para obter apoio na Câmara (Foto: Andressa Anholete/AFP)

No xadrez da política jogado hoje pelo Palácio do Planalto, três partidos podem ser o fiel da balança para tentar barrar o processo de impeachment. PP, PR e PSD passaram a ser a “noiva cobiçada” desde que o PMDB resolveu “desembarcar” do governo. Juntos, esses três partidos somam 120 parlamentares. A meta é azeitar a máquina para, juntamente com o PT, formar um governo de coalizão, já batizado de centrão.

Apesar de o diretório do PMDB ter decidido no dia  29 de março passado, por aclamação, portanto sem votação, deixar de apoiar o governo no Congresso Nacional, a mesma iniciativa não resultou na entrega dos cargos de primeiro e segundo escalão. Dos sete ministérios ocupados pelos peemedebistas, apenas o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN) resolveu acompanhar a direção peemedebistas. O restante continua nos cargos. No caso, do segundo escalão, apenas aqueles ligados ao vice-presidente Michel Temer aliados mais próximos, como foi o caso de Roberto Derziê de Sant’anna exonerado do cargo de vice-presidente da Caixa Econômica Federal, estão sendo defenestrados do governo.

Com 68 deputados, o PMDB detém a maior bancada da Câmara dos Deputados. Mas, a exemplo das lideranças do PMDB que se encontram nos cargos de ministros, a bancada também está dividida, a começar do líder do partido na Câmara, Leonardo Piccianni, que não aderiu ao propósito da direção do partido, cujo presidente é o vice-presidente Michel Temer, de fazer oposição ao governo.

Para não ferir melindres e, por isso, perder mais aliados, o governo aguarda para fazer a reforma ministerial após a votação do impeachment. Ainda não se sabe se após depois da comissão de impeachment, que analisa a admissibilidade do processo, ou no plenário da Câmara que entra no mérito do impeachment, ou seja, votar sim ou não pelo impedimento da presidente de continuar no cargo. Se passar na Câmara, ainda depende do Senado fazer o mesmo rito processual hoje em tramitação na Câmara.

Parecer

Na sexta-feira (1º), o relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão especial da Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), disse que iria apresentar o seu nesta quinta-feira (7). Ele mudou de ideia de lá pra cá e informou que apresentará o documento para votação na comissão ainda nesta quarta-feira (6).

(Estado de Minas)



Deixe seu comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.