Abílio Diniz diz que “Brasil está em liquidação” e “muito barato para investidores estrangeiros”

Abílio Diniz diz que “Brasil está em liquidação” e “muito barato para investidores estrangeiros”

Nova York, 02 — O empresário e presidente do conselho da BRF, Abílio Diniz, afirmou nesta segunda-feira que não há uma crise econômica no Brasil, mas sim uma crise política, que tem afetado a confiança de investidores, empresários e consumidores. “No momento em que superarmos a questão política, a solução para a situação econômica virá muito rapidamente”, disse em entrevista a jornalistas antes de participar do BRF Day em Nova York. A empresa de alimentos comemora 15 anos de listagem de seus papéis na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

ABÍLIO DINIZ: "No momento em que superarmos a questão política, a solução para a situação econômica virá muito rapidamente" (foto: Divulgação)
ABÍLIO DINIZ: “No momento em que superarmos a questão política, a solução para a situação econômica virá muito rapidamente” (foto: Divulgação)

“Ninguém está investindo, porque está faltando confiança. Não sei o que vai acontecer no curto prazo, mas tenho certeza que a situação vai ser superada. Tenho total confiança”, afirmou o empresário, destacando que por conta da atual situação, o “Brasil está em liquidação”. “O País está muito barato para investidores estrangeiros. Para investidores internacionais, é o momento de se aproveitar disso. Estamos em um momento ruim, mas é um momento.”

Abílio afirmou que vê o dólar no Brasil negociado ao redor de R$ 4,00 como “exagerado” e que os fundamentos atuais da economia brasileira não justificam a moeda norte-americana nesse patamar. Para o empresário, o mais justo seria a divisa ser negociada ao redor de R$ 3,50.

“Todo mundo diz que o Brasil está em crise. Eu amo a crise, em toda a minha vida eu cresci em crises. Não há crise econômica no Brasil”, ressaltou o empresário. Abílio contou que passou por vários momentos complicados da economia brasileira em sua vida e citou como exemplo a crise da dívida nos anos 90, quando estava no Conselho Monetário Nacional (CMN) e participou das negociações em Nova York. “Agora, o país tem US$ 370 bilhões de reservas em dinheiro. É completamente diferente”, disse ele.

(Fonte: em.com.br)



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