Além do próprio Daniel, ninguém é tão responsável pela vitória do “13” quanto Jorge Arcanjo

Além do próprio Daniel, ninguém é tão responsável pela vitória do “13” quanto Jorge Arcanjo

Juntos, Daniel Sucupira, Jorge Arcanjo e o médico José Roberto Correa formaram a tríade da campanha do PT em Teófilo Otoni
Juntos, Daniel Sucupira, Jorge Arcanjo e o médico José Roberto Correa formaram a tríade da campanha do PT em Teófilo Otoni

Por David Ribeiro Jr.
TEÓFILO OTONI

Definitivamente, ele é o tipo do homem que divide opiniões. Há quem goste dele e há, evidentemente, quem não goste. Há os que concordam com o seu jeito agitado e pragmático, mas há os que o acham excessivamente barulhento. De qualquer modo, ninguém pode negar que uma das maiores escadas, uma das maiores bases, e um dos maiores motivadores da vitória de Daniel Sucupira nestas eleições em Teófilo Otoni tenha sido a atuação pra lá de motivadora do presidente do PSDC, Jorge Arcanjo.

Jorge criava grupos no whatsapp, no facebook e em outras redes sociais e mantinha a equipe motivada, unida, pra cima, e o tempo todo apontava os erros do grupo — não como um chato de galochas que apenas critica, mas, ao contrário, como alguém que toma para si a responsabilidade pela correção e pela solução daquele problema. Isso se chama “garra”. Mas você também pode chamar de “energia”, de “vocação para a política”, de “liderança” ou do que mais você quiser.

Quando ninguém mais acreditava que era possível a vitória de Daniel, praticamente sem apoio de grupos ou partidos, Jorge entendeu que a vitória de um candidato não depende do volume de legendas que o apoia, e sim da sua capacidade de conversar e convencer o eleitor de que é a melhor opção para a sua cidade. E isso ele soube fazer muito bem.

Mais do que isso: Jorge foi uma das pessoas responsáveis pela imagem pública da campanha. Nada de vermelho, nada de estrela do PT — e não se tratou de negar o partido, e sim de uma estratégia para diminuir rejeição e criar maior aproximação com o eleitor. Deu certo. E foi ele, também, quem tirou a gravata e o paletó de Daniel e sugeriu ao candidato que não se incomodasse de sair às ruas vestido quase informalmente.

Você que me lê agora tem todo o direito de não gostar ou de não concordar com Jorge Arcanjo e seus métodos, mas não pode desconsiderar o peso da sua forma de fazer política para a vitória de Daniel. E para quem insiste em afirmar que a vitória foi apenas um golpe de sorte por causa do problema de saúde de Getúlio Neiva, cabe aqui lembrar o que ocorreu em 2014 quando Jorge era coordenador da campanha de Pimentel e conseguiu, contra todos os prognósticos, dar ao então candidato do PT ao Governo do Estado a vitória na região que é um dos berços de Aécio Neves.

E antes que alguém pense que estou aqui canonizando Jorge Arcanjo, não estou. Só estou constatando uma coisa óbvia. Com apenas um pouco de estrutura esse homem é capaz de tirar leite de pedras.

Pena que o partido que preside, o PSDC, não conseguiu completar o coeficiente para eleger um vereador. Mas foi por um triz. E até isso é uma demonstração clara da sua dedicação à campanha do prefeito Daniel Sucupira, o que resultou em deixar os candidatos do seu partido caminharem com as próprias pernas. Se tivesse conseguido eleger um único vereador que seja, aí a sua ascensão à grande articulador da política teofilotonense teria sido completa. Mas ainda há tempo.

Parabéns, Jorge Arcanjo! Essa vitória é sua também.



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