Com dificuldades para chegar aos hemocentros em função da escassez de combustíveis provocada pela greve dos caminhoneiros, muitas pessoas deixaram de doar sangue em Minas Gerais. A Fundação Hemominas, responsável por abastecer 95% das transfusões sanguíneas nas cirurgias eletivas do Estado, aponta queda de 20% dos voluntários desde sábado.
A baixa no estoque afeta principalmente os tipos O e AB negativos. Os dois estão em estado crítico, com duração prevista para apenas três dias, caso não ocorra reposição. Segundo a gerente de Captação e Cadastro da Fundação, Heloisa Gontijo, a situação é ainda mais preocupante devido ao nível de importância do O negativo — doador universal.
“Muitas vezes, o paciente chega ao pronto atendimento em estado grave e não dá tempo de fazer o processo de cruzamento sanguíneo para saber o tipo compatível, que demora quase uma hora. Nesses casos, já é usado O negativo”, explica.
Dos oito tipos sanguíneos, apenas o AB positivo está estável, com estoque suficiente para garantir nove dias de atendimento. Estão em estado de alerta, com volume para socorrer pacientes por apenas cinco dias: O, A e B positivos e A e B negativos.
A dificuldade de mobilidade agravou um quadro que já era ruim no Estado. A queda na temperatura já havia afetado o ato de solidariedade, com baixa de 30% nas doações.
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