Alta foi conduzida por apostas crescentes no afastamento da presidente Dilma Rousseff e por um cenário externo favorável.
O principal índice da Bovespa fechou em forte alta nesta terça-feira em meio a apostas crescentes no impeachment da presidente Dilma Rousseff e a um cenário externo favorável. No fim da sessão, o Ibovespa subiu 3,66%, a 52.001 pontos, passando da marca de 52.000 pontos pela primeira vez desde julho de 2015.
O otimismo dos investidores tem como pano de fundo a aprovação, na segunda-feira, por 38 votos a 27 do parecer favorável ao impeachment de Dilma na comissão especial da Câmara. O processo deverá ser analisado agora na Câmara, entre sexta-feira e domingo. “É inegável o otimismo com o impeachment”, disse um operador de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado
A oposição, que já tem 296 votos a favor do impeachment, segundo levantamento do site de VEJA, precisa de 342 votos para dar continuidade ao processo de impedimento da presidente.
Entre as maiores altas, os destaques foram a Vale ON, ordináriárias, com direito a voto (+10,43%) e a Vale PNA, preferenciais, sem direito a voto (+10,94%). Além do cenário político, esses papéis reagiram positivamente à valorização do minério de ferro no mercado internacional. Já as ações da Petrobras tiveram uma influência de alta do preço do petróleo. A PN fechou em alta de 7,63%, e a ON, em +8,93%.
O ambiente externo como um todo também ajudou a bolsa brasileira. O dia foi novamente de alta nas commodities, o que contagiou Wall Street. O índice S&P 500 subiu 0,97% à medida em que os preços do petróleo renovaram máximas de 2016.
Dólar – No mercado de câmbio, o dólar fechou praticamente sem variação, com alta de 0,01%, a 3,49 reais. Na máxima do dia, atingida pela manhã, a cotação chegou a 3,56 reais, com alta de quase 2%.
Só neste pregão, o Banco Central (BC) fez cinco leilões seguidos de swaps reversos, correspondentes à compra futura de dólares, para tentar conter a tendência de queda da moeda, conforme aumenta a expectativa de impeachment da presidente.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)