Número é o mais alto para os primeiros sete meses do ano desde o início da série histórica do Caged, em 2002.
O Brasil perdeu 94.724 vagas formais de emprego em julho deste ano, informou nesta quinta-feira o Ministério do Trabalho. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.168.011 contratações e 1.262.735 demissões no período. No acumulado do ano, o saldo de postos fechados é de 623.520 pela série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. Este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002.
O número de postos fechados em julho deste ano foi menos intenso do que no mesmo mês do ano passado, quando foram extintas 157.905 vagas. Ele superou, porém, o fechamento de 91.032 vagas formais de emprego em junho de 2016.
No acumulado dos últimos 12 meses, o país encerrou julho com 1.706.459 vagas formais a menos. O número também considera os dados com ajuste.
Serviços
O setor de serviços foi o maior responsável pelo fechamento de vagas formais no mês de julho, segundo o Caged. Ao todo, foram extintos 40.140 postos na atividade só no mês passado, informou o Ministério do Trabalho.
Na sequência figurou a construção civil, com o encerramento de 27.718 vagas com carteira assinada em julho. Também foram responsáveis pelas demissões líquidas o comércio (-16.286 postos), a indústria de transformação (-13.298 vagas), a indústria extrativa mineral (-1.181 postos) e os serviços industriais de utilidade pública (-591 postos).
O resultado do Caged em julho só não foi pior porque a agricultura abriu 4.253 vagas, enquanto a administração pública criou 237 novos postos.
Em nota à imprensa, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou que a desaceleração no ritmo de fechamento de postos reflete uma “recuperação gradual da economia”. “Estamos perdendo menos vagas, e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre”, avaliou o ministro.
(Com Estadão Conteúdo)