Pelo menos 62 crianças foram mortas e 30 ficaram feridas no Iêmen, em confrontos durante a semana passada, informou nesta terça-feira o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
“As crianças necessitam desesperadamente de proteção e todas as partes do conflito deveriam fazer tudo em seu poder para mantê-las em segurança”, afirmou Julien Harneis, representante do Unicef para o Iêmen.
Os combates se intensificaram agudamente no Iêmen depois que a coalizão liderada pela Arábua Saudita lançou ataques aéreos no fim de semana para bloquear um avanço de rebeldes xiitas, conhecidos como huthis.
Segundo o Unicef, o combate causou sérios danos a serviços de saúde e educacionais e exacerbou as já precárias condições de crianças que enfrentam uma crise alimentar e desnutrição aguda.
A violência aterroriza as crianças e um número cada vez maior delas é recrutada como soldados.
Mais cedo, as Nações Unidas retiraram os 13 funcionários remanescentes do Iêmen, enquanto seu enviado de paz, o diplomata marroquino Jamal Benomar, foi realocado para a Jordânia para tentar retomar as negociações.
“É difícil manter as negociações em tempo de guerra, mas precisamente é crucial que o façamos neste exato momento”, disse o porta-voz da ONU, Farhan Haq.
“Nós precisamos deter o combate e precisamos recolocar tudo nos trilhos”, acrescentou.
As Nações Unidas apoiam o presidente Abedrabbo Mansour Hadi como o líder legítimo do Iêmen ante o levante huthi que mergulhou o pobre país árabe no caos.
Hadi voou para a Arábia Saudita, que acusou o Irã de apoiar os huthis na tentativa de impulsionar sua influência na região.
Fonte: Estado de Minas