Contra baixa natalidade, Itália estuda dobrar ‘bolsa bebê’

Contra baixa natalidade, Itália estuda dobrar ‘bolsa bebê’

Governo paga até 160 euros por mês para cada filho nascido ou adotado, até que a criança complete três anos.

Em 2015, a Itália registrou apenas 487,8 mil nascimentos, o menor número desde sua unificação, em 1861(Thinkstock/VEJA)
Em 2015, a Itália registrou apenas 487,8 mil nascimentos, o menor número desde sua unificação, em 1861(Thinkstock/VEJA)

Para enfrentar a queda na taxa de natalidade na Itália, o governo do primeiro-ministro Matteo Renzi, de centro-esquerda, estuda dobrar o benefício que prevê contribuições mensais para famílias de baixa renda que decidem ter um filho, chamado “bônus bebê”. Em 2015, o país registrou apenas 487,8 mil nascimentos, o menor número da história. Além disso, o total de habitantes sofreu uma queda de 139 mil pessoas, chegando a 60,65 milhões.

“Se seguirmos essa tendência, daqui a 10 anos nascerão menos de 350 mil bebês por ano no nosso país, uma redução de 40% em relação a 2010. Seria o apocalipse”, declarou a ministra da Saúde Beatrice Lorenzin, autora da proposta. Apesar de integrar um governo de centro-esquerda, ela é uma das expoentes do partido conservador Nova Centro-Direita (NCD), que dá sustentação a Renzi.

Atualmente, as famílias têm direito à “bolsa bebê” por cada criança nascida ou adotada entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2017, até que complete três anos de idade. As famílias com Indicador da Situação Econômica Equivalente (ISEE) de até 25 mil euros anuais (100 mil reais) recebem um benefício de 80 euros mensais (320 reais) por filho. Para aquelas com índice de até 7 mil euros (28 mil reais) por ano, a bolsa é de 160 euros por mês (640 reais). O ISEE é um instrumento criado para avaliar a situação financeira dos italianos, levando em conta renda, patrimônio e características do núcleo familiar.

Se a proposta de Lorenzin for aceita, os benefícios passarão para 160 (640 reais) e 320 euros (1.280 reais) mensais. “Não é a única solução contra a baixa natalidade – ela precisa ser acompanhada de iniciativas para o prestígio social da maternidade -, mas poderá ajudar famílias menos dispostas [a terem filhos] a enfrentarem os custos”, explicou Lorenzin.

(Com ANSA)



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