Em março, quando se encerraram as gravações de A Regra do Jogo, da Globo, Juliano Cazarré fez um apelo à emissora para não se esquecer dele – mesmo tendo um contrato assinado até 2018. “Não posso ficar longe da TV. O país está quebrado. Tenho duas bocas para sustentar”, diz, referindo-se aos dois filhos. O trabalho apareceu, mas no cinema. Por indicação de um amigo, o ator Emilio Orciollo Netto, Cazarré viverá um senador petista (com o bigodão maranhense que se vê na foto) no filme 3 000 Dias no Bunker, baseado no livro homônimo de Guilherme Fiuza, que conta como nasceu o Plano Real. “Não julgo personagens. Não é porque não concordo com o PT que eu não poderia aceitar.” Crítico do partido recém-afastado do poder, o ator não se sente muito à vontade para conversar sobre política com seus colegas. “O meio artístico tem a ideia errônea de que, se você é contra o PT, você é contra o povo. Nada a ver. Quem tem de ficar bravo com o PT é a esquerda, pois foi o partido que a desmoralizou”, diz.
(VEJA)