Time precisava reverter vantagem adversária, mas não teve volume ofensivo.

Com escalação inesperada e modificações inéditas, Mano Menezes seria o grande responsável pelo resultado do segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil, contra o Grêmio, na noite desta quarta-feira, em Porto Alegre. E assim foi. Depois de um primeiro tempo equilibrado, mas de pouco volume ofensivo, o Cruzeiro foi controlado pelo adversário na etapa final, não conseguiu marcar e viu, de forma melancólica, a desclassificação com o 0 a 0 na Arena. A primeira na história da Raposa em encontros com o Tricolor.

Sem a vaga na Copa do Brasil, o Cruzeiro volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro, torneio em que ainda depende de somar pontos para se livrar do risco de rebaixamento. Na 13ª posição, com 41 pontos, o time recebe o Fluminense, neste domingo (dia 6), às 17h, no Mineirão. Os ingressos para o confronto já estão sendo vendidos aos sócios do clube por meio do site e aplicativo disponível no Google Play e Apple Store.

O jogo

Surpreendentemente, Mano Menezes mudou quatro titulares em relação ao último jogo contra o Grêmio (Ariel, Henrique, Willian e Alisson) e ainda improvisou Lucas Romero na lateral direita. Embora o objetivo de sair com velocidade para o contra-ataque não tenha sido cumprido num primeiro momento, o Cruzeiro mostrou futebol superior ao apresentado na partida no Mineirão. Com linhas muito próximas e marcação encaixada no meio, o clube celeste conseguiu chegar três vezes à meta de Marcelo Grohe, todas em finalizações de fora da área. Aos 13’, com Robinho, aos 22’, quando Ariel Cabral acertou o travessão, e em cobrança de falta de Arrascaeta aos 25’.

Sentindo o bom momento na partida e a chance de abrir o marcador, no período de maior volume ofensivo, o Cruzeiro saiu com mais agressividade em rápidas transições. Destaque para o retorno muito importante de Henrique, que voltou a fazer diferença, embora coadjuvante na armação celeste. Com mais espaço, o Grêmio chegou aos 39’, mas Robinho apareceu para fazer o corte na hora certa. Na saída para o intervalo, o meio-campista voltou a ler bem o primeiro tempo da equipe celeste. “Falta clareza na finalização. Estamos jogando bem. O Grêmio está tomando sufoco, falta caprichar na finalização”, ressaltou.

E o início de segundo tempo proporcionou boas emoções aos dois lados. Tentando corrigir o problema da finalização, Alisson recebeu na esquerda da área, aos 6’, cortou para o meio e acertou bonita finalização, obrigando Grohe a se esticar para defender no lado esquerdo. Na resposta, o Grêmio teve a melhor chance do jogo. Pedro Rocha recebeu dentro da área, depois de contra-ataque, jogou a bola por entre as pernas de Lucas Romero, e finalizou livre para o gol. Rafael fez excelente intervenção e jogou para a bola para escanteio.

Com modificações também inesperadas, trocando Robinho e Arrascaeta, principais criativos do time, por Ramón Ábila e Sobis, Mano Menezes buscou dar mais volume ofensivo ao Cruzeiro, mas viu o jogo parar no meio campo e ganhar equilíbrio que só beneficiou ao Grêmio, dono da vantagem. Assim, melancolicamente, sem conseguir nem um lance de perigo sequer e abusando dos chutões ou alçando bola na área, a Raposa acabou eliminada da Copa do Brasil.
      
GRÊMIO 0 X 0 CRUZEIRO

GRÊMIO
Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro (Jaílson), Pedro Rocha (Everton) e Douglas (Rafael Thyere); Luan. Técnico: Renato Gaúcho

CRUZEIRO
Rafael; Lucas Romero, Leo, Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique, Ariel Cabral, Robinho (Ramón Ábila) e Arrascaeta (Rafael Sobis); Alisson e Willian (Alex). Técnico: Mano Menezes

Público pagante: 47.687
Renda: R$ 1.708.865,00

Motivo: jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil
Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Data e horário: 2 de novembro de 2016 (quarta-feira), às 21h45
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Assistentes: Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (SP) e Danilo Ricardo Simon Manis (SP)

(Superesportes)