Rombo no mês passado foi de 26,6 bilhões de reais, de acordo com o Banco Central.
As contas públicas consolidadas, conjunto formado por União, estados e municípios, registrou déficit primário – receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros – de 26,64 bilhões de reais em setembro, informou o Banco Central nesta segunda-feira. Esse foi o pior resultado para o mês na série histórica, iniciada em dezembro de 2001.
O resultado do mês superou o déficit primário de 7,31 bilhões de reais de setembro de 2015. Nos nove meses do ano, o resultado negativo chegou a 85,50 bilhões de reais; no mesmo período do ano passado, o rombo foi de 8,42 bilhões de reais.
No intervalo de doze meses encerrado em agosto, o déficit primário ficou em 188,32 bilhões de reais, o que corresponde a 3,08% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Em setembro deste ano, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) registrou déficit primário de 26,49 bilhões de reais. Os governos estaduais também apresentaram resultado negativo, com déficit primário de 157 milhões de reais, e os municipais, déficit de 141 milhões de reais. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de 154 milhões de reais no mês passado.
Em setembro, os gastos com juros nominais ficaram em 40,45 bilhões de reais, montante menor que os 69,99 bilhões de reais do mesmo mesmo mês de 2015. De janeiro a setembro, as despesas a 295,03 bilhões de reais. Em doze meses encerrados em setembro, as despesas com juros ficaram em 388,5 bilhões de reais, o que corresponde a 6,35% do PIB.
O déficit nominal – formado pelo resultado primário e os resultados de juros – ficou em 62,94 bilhões de reais no mês passado. Nos nove meses do ano, o resultado negativo foi de 380,53 bilhões de reais, rombo menor que os 416,74 bilhões de reais do mesmo período de 2015. Em doze meses encerrados em setembro, o déficit nominal atingiu 576,82 bilhões de reais, o que corresponde a 9,42% do PIB.
A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – somou 2,69 trilhões de reais em setembro, o que corresponde a 44,1% do PIB; em agosto, a proporção foi de 43,3%. A dívida bruta (contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a 4,32 trilhões de reais, ou 70,7% do PIB, com elevação de 0,6 ponto porcentual em relação a agosto.
(Com Agência Brasil) – VEJA