O governador Romeu Zema completa, nesta quarta-feira, cem dias de governo com salários dos servidores parcelados, devendo os municípios, com possibilidade de sofrer um pedido de impeachment, relacionamento tenso com a Assembleia Legislativa (ALMG) e sem nenhum projeto aprovado na Casa, já que a reforma administrativa, primeiro texto enviado pelo governo, está parada, travando a pauta, até que o governo aceite as sugestões de parlamentares.
Na ALMG, o líder da oposição, André Quintão (PT), disse que a proposta de reforma administrativa de Zema desorganiza o serviço público e não traz economia efetiva para o estado. “Economiza pouco e prejudica muito a população, desorganiza os serviços públicos, como por exemplo extinguindo a escola de saúde pública sem nenhuma motivação, sem nenhuma economia”, ressalta.
“Nós também estamos nos posicionando contra algumas medidas que estão indo contra as políticas públicas e a história, a cultura de Minas, como por exemplo, o corte de bolsas na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), o corte de recursos para Ciência e Tecnologia, a diminuição da escola em tempo integral, o fechamento da Rádio Inconfidência AM, o fechamento de postos de unidade de atendimento integrado, ou seja, são medidas que vão prejudicando o serviço público em Minas Gerais”, lista André Quintão.
Por falta de repasses na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), mais de 5 mil bolsas de pesquisas foram cortadas; na MGS, o governo confirmou que cerca de 20% dos funcionários da MGS que trabalham em 57 órgãos e entidades estaduais serão demitidos. Também por falta de repasses, o Hospital Mário Pena, referência em atendimento de câncer no estado, corre o risco de fechar.
O governo respondeu que foram deixadas dívidas pela gestão anterior e que todas as possibilidades para regularização estão sendo avaliadas.
Representantes da liderança e da vice-liderança de governo na assembleia foram, todos da base, foram procurados pela reportagem da Itatiaia para repercutir as declarações da oposição, inclusive o balanço de 100 dias, mas ainda não se pronunciaram.
Nesta quarta-feira, o governo vai divulgar um material com balanço dos três primeiros meses de trabalho, a princípio sem coletiva.
(Com informações de Edilene Lopes – Rádio Itatiaia)